O Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT), realizado pela Prefeitura de Rio Preto em parceria com o Sesc São Paulo, chegou à sua 9ª edição e confirmou, de 16 a 25 de julho, seu status de um dos principais eventos do gênero no país. Artistas da Argentina, Chile, Espanha, França, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil mostraram suas criações em 26 espaços da cidade. Uma das novidades foi a Extensão Regional, uma parceria inédita do FIT com o Ministério do Turismo que levou apresentações de rua para sete cidades da região – Mirassol, Votuporanga, Jales, Fernandópolis, Guapiaçu, Santa Fé do Sul e Tanabi.
Formação de plateia
O Sesc Santo Amaro apresentou, nos dias 9, 12, 24 e 25 de julho, a 17ª edição da Mostra de Teatro Monte Azul, cujo principal objetivo é contribuir para a formação de público na região. Os espetáculos, gratuitos, ocorreram na quadra da Favela Monte Azul, no anfiteatro aberto da Favela da Peinha e no Centro Cultural Monte Azul. A iniciativa busca reunir artistas de linguagens diversas – com suas experimentações e novos olhares –, a fim de traçar um panorama do que acontece no cenário teatral do município.
Música nova
Cinco jovens talentos da música reuniram-se no palco do Sesc Vila Mariana, no dia 9 de julho, para o show Novos Paulistas. Tiê, Thiago Pethit, Dudu Tsuda, Tatá Aeroplano e Tulipa Ruiz mostraram juntos ao público por que prometem dar o que falar. No show, Tsuda assumiu o piano e os teclados, Tiê tocou piano e violão, e Tatá Aeroplano, Thiago Pethit e Tulipa ficaram nos vocais. A formação foi acompanhada pelos músicos Maurício Fleury (piano), Otávio Ortega (acordeom), Isidoro Cobra (baixo-acústico), Pedro Penna (violão de aço e banjo) e Pedro Falcão (bateria e percussão). A direção artística foi de Thiago Pethit.
Insetos gigantes
Fica exposta até dezembro, no Sesc Santana, a intervenção Mundus Admirabilis, da artista plástica Regina Silveira, um painel que cobre toda a fachada da unidade e onde podem ser vistos insetos representados de forma gigantesca. A ideia de usar as figuras surge da tentativa da artista de abordar aspectos de deterioração e conflito do mundo contemporâneo, além de ser uma forma de trazer para o século 21, simbolicamente, as velhas pragas bíblicas – que, segundo os escritos, assolaram o Antigo Egito.
Dobradinha
O Sesc Santo André apresentou dois espetáculos com o ator Celso Frateschi cujo fio condutor foi discutir o homem e sua relação com a guerra, a perda, o amor e a solidão: Sonho de um Homem Ridículo, no dia 11 de junho, e Horácio, no dia 12. O primeiro, baseado num conto homônimo de Dostoiévski, narra a história de um homem que se considera ridículo desde a infância. A segunda peça originou-se de um dos textos que compõem a trilogia Eras, do dramaturgo alemão Heiner Muller, cuja montagem, em 1988, rendeu a Frateschi o prêmio Shell de Melhor Ator.]
“A riqueza está justamente no fato de termos uma tradição de alto valor ao mesmo tempo em que surgem novas linguagens, graças à capacidade de absorvermos influências externas e transformá-las a ponto de se tornarem manifestações brasileiras”
Ná Ozzetti em entrevista ao jornal eletrônico Vaia (www.artistasgauchos.com.br/vaia). A cantora se apresentou no Sesc Carmo, no dia 20 de julho.
Cinema Latino-Americano
Em sua quarta edição, o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo mostrou, em sete salas da capital, de 6 a 12 de julho, mais de 100 filmes, de 16 países. Entre os destaques, os inéditos em circuito comercial A Erva do Rato, de Júlio Bressane, e No Meu Lugar, de Eduardo Valente, além da presença do mexicano Carlos Cuarón (roteirista de E Sua Mãe Também, de 2001), que veio apresentar seu novo longa Rudo y Cursi. O circuito de exibição incluiu as três salas do Memorial da América Latina – sede do evento –, e também o Museu da Imagem e do Som (MIS), a Sala Cinemateca, o Cinusp Paulo Emílio e o CineSesc.
No mundo da lua?
O Sesc Interlagos montou, de 8 a 19 de julho, uma programação de férias voltada para as crianças. Com o nome de No Mundo da Lua, a atividade usou estrelas e planetas como tema para convidar a criançada a aprender com muita ludicidade. A grade foi composta de uma instalação que imitava um planetário, uma exposição com imagens tridimensionais do espaço, uma oficina que ensinou a montar relógios solares e tratou de astronomia, além de palestras com profissionais do Instituto Paulista de Astronomia e narração de histórias de fantásticas viagens pelo universo.
História de monstros
Ficou em cartaz durante todo o mês de julho o espetáculo infantil Frankenstein – O Monstro de Parafusos Soltos, com a Cia. Polichinelo de Teatro de Bonecos. Há mais de uma década, o grupo cria bonecos manipulados com uma técnica derivada do bunraku, teatro de animação tradicional no Japão. A peça foi inspirada no clássico Frankenstein, da escritora inglesa Mary Shelley. Mesmo fiel à história, o espetáculo da Polichinelo tratou o texto com uma sutileza que tornou a montagem perfeita para o público infantil.
Gainsbourg à brasileira
O guitarrista Edgar Scandurra, acompanhado da banda Les Provocateurs, se apresentou, na Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista, no dia 22 de julho, cantando sucessos do músico e multiartista Serge Gainsbourg. O show, uma das atividades do Ano da França no Brasil programadas pelo Sesc São Paulo, faz parte de uma série de performances, com diversos músicos, em homenagem ao artista francês e que acompanham a exposição Gainsbourg, Artista, Cantor, Poeta Etc., em cartaz na unidade até 7 de setembro.
Férias legais
O Sesc São Paulo realizou, durante o mês de julho, no município de Osasco, na Grande São Paulo, o projeto Férias Legais. O evento promoveu oficinas e apresentações circenses, com a Companhia Brasileira de Teatro Circo Fractais, no terreno onde será construída a futura unidade do Sesc na região. Já no ginásio da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (Fito), o projeto realizou atividades esportivas com destaque para a presença de, entre outros atletas, Juliana Shibata, da Seleção Brasileira de Softbol; Andreza Martins, jogadora de hóquei; Miral, campeão mundial de Futsal.
De improviso
Estreou, no dia 15 de julho, no Sesc Consolação, o espetáculo de dança Por Que Tenho Essa Forma?, criado e dirigido pela bailarina e professora Zélia Monteiro. A coreografia é pautada pela improvisação, técnica de composição cênica que investiga modos de criar e de compor textos coreográficos a partir das relações entre o corpo, a música e elementos plásticos. O trabalho dá continuidade a uma pesquisa de linguagem que Zélia desenvolve há mais de 20 anos.
“Você aprende que errar não pode, e aí você fica com medo de tentar. É um fundamentalismo pedagógico, educacional, um fundamentalismo de interesse, como se todo ser humano fosse igual”
Marcelo Camelo em entrevista à revista eletrônica Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br). O músico se apresentou no Sesc São Carlos, no dia 16 de julho.