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Almanaque Paulistano

Postado em 08/05/2008

Musa Impassível, na Pinacoteca do Estado de São Paulo

  A poeta parnasiana Francisca Júlia cometeu suicídio em 1º de novembro de 1920, um dia após a morte do marido, o telegrafista Filadelfo Edmundo Munster (1865-1920), aos 49 anos. Como homenagem póstuma, o deputado e mecenas José de Freitas Valle encomendou ao escultor Victor Brecheret – responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira e que na época morava em Paris – uma obra para o túmulo da escritora. Três anos depois, Brecheret mostrava sua primeira escultura tumular, a Musa Impassível – feita em mármore carrara, com 3 toneladas e 2,80 metros de altura –, batizada com o nome de um dos sonetos mais famosos de Francisca Júlia. A obra adornou o túmulo da poeta, no Cemitério do Araçá (no bairro do Pacaembu), até 2006, quando, praticamente esquecida e em precário estado de conservação, foi “redescoberta” por Sandra Brecheret, filha do escultor. Em dezembro do mesmo ano, foi transferida para a Pinacoteca de São Paulo, a fim de ser restaurada e preservada. No seu lugar, foi colocada uma réplica de bronze.

 

Vistas Contemporâneas – Viveiro Manequinho Lopes

Na década de 1920, o então prefeito da capital paulista, José Pires do Rio, teve a iniciativa de criar um parque nos moldes dos encontrados na Europa e nos Estados Unidos. O local escolhido foi um terreno pantanoso conhecido como Ypy-ra-ouêra (pau-podre, em tupi). Achou a pronúncia familiar? Isso mesmo, o terreno é o mesmo onde hoje fica o velho conhecido dos paulistanos Parque do Ibirapuera. O primeiro administrador do local foi Manuel Lopes de Oliveira, conhecido como Manequinho, etimologista e jornalista. Manequinho plantou eucaliptos para drenar o solo alagadiço do terreno e, posteriormente, ornamentou o local com diversas espécies de plantas, no intuito de arborizar a cidade. Depois da morte de Manequinho Lopes, em 1938, o viveiro passou a ter seu nome. Em 1951, a comissão responsável pelas comemorações do 4º Centenário da cidade de São Paulo elaborou um programa para a construção de um parque ao redor do viveiro: o Parque do Ibirapuera, inaugurado em 21 de agosto de 1954. Atualmente, o viveiro Manequinho Lopes possui 32 quadras de plantio e dez estufas. As visitas monitoradas ao local são feitas por agendamento pelo telefone 3887-6761. A monitoria é gratuita, e podem participar grupos de 10 a 20 pessoas de segunda a sábado. O endereço é Avenida 4º Centenário s/nº. Portão 7A, Parque do Ibirapuera.

 

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