Postado em 01/07/1999
No mês de maio, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação, aplicou um pré-teste a 2.516 alunos com idade de 15 anos, matriculados na 7a e na 8a séries do ensino fundamental e na 1a e na 2a séries do ensino médio de escolas públicas e privadas, com vistas ao Programa para a Avaliação Internacional de Estudantes, o Pisa 2000, que acontecerá no próximo ano. Os alunos foram escolhidos por amostragem representativa, em 139 escolas de 37 municípios de 17 unidades da federação.
O Pisa é uma avaliação coordenada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), aplicada a cada três anos em 100 mil alunos dos 28 países que a compõem e de outros seis convidados, entre eles o Brasil. Com provas de leitura, matemática e ciências, um dos objetivos da avaliação é conseguir indicadores que mostrem como as escolas estão preparando os alunos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
Manga no diabetesO diabético que não depende de injeções de insulina pode melhorar sua qualidade de vida e controlar a doença com a ajuda da manga. Quem diz isso é o professor Salim Simão, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba. Segundo ele, a manga é rica em sais minerais, vitaminas (principalmente A) e fibras, além de conter óleos essenciais que atuam sobre o pâncreas, glândula que produz insulina, fazendo-o trabalhar de forma regular.
Diabético há 15 anos, o professor Simão verificou em seu próprio organismo os efeitos da manga sobre a doença. Atualmente, com uma dieta rica em vegetais, pobre em gorduras e comendo de duas a quatro mangas por dia, ele vive muito bem. E, para não ficar sem a fruta em épocas de entressafra, ele faz reservas, congelando-as. Sua única recomendação é que o teste de glicemia seja feito três horas após a ingestão das mangas, uma vez que esse é o tempo que a fruta leva para produzir seus efeitos. Informações pelo telefone (019) 422-6187.
S.O.S. RacismoAs vítimas de discriminação racial têm agora onde se amparar, gratuitamente. Pelo telefone (031) 277-4696, do S.O.S. Racismo, serviço lançado pela Secretaria Municipal para Assuntos da Comunidade Negra, de Belo Horizonte, quem sofrer preconceito racial poderá receber orientação jurídica e psicológica, além de instrução sobre as formalidades e burocracias para impetrar uma ação criminal. O crime de racismo é inafiançável, com penas que variam de um a três anos de reclusão, além do pagamento de multa. A partir do recebimento da denúncia, o processo jurídico será acompanhado por advogados, sem nenhuma despesa para a vítima.
O S.O.S. Racismo pretende também fazer um levantamento estatístico das denúncias, além de promover ações educativas, preventivas e de mobilização social contra o crime de preconceito racial.
Astronomia brasileiraCâmara infravermelha desenvolvida no Brasil que permite novas observações do universo está em operação desde março no Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brazópolis (MG). Agora é possível observar objetos não visíveis nos telescópios ópticos, por estarem escondidos por poeira interestelar, que absorve a luz visível, mas não a infravermelha, que pode ser captada pela nova câmara.
O projeto desenvolvido no Núcleo de Excelência Galáxias: Formação, Evolução e Atividade (NexGal), do Ministério da Ciência e Tecnologia foi liderado por Francisco Jablonski, pesquisador do NexGal e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e coordenado pela professora Sueli Viegas, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo.
Imagens de testes realizados com a câmara pela equipe de Jablonski, da região central da nebulosa M8, um berçário de estrelas (foto), estão disponíveis na Internet, no site http://www.iagusp.usp.br/nexgal/.
LançamentosNovos títulos publicados pela Editora Senac: Beleza em jogo Cultura física e comportamento em São Paulo nos anos 20, de Mônica Raisa Schpun, 166 páginas. Êxodo Da visão à ação: uma proposta para o varejo brasileiro, de Luiz Otavio da Silva Nascimento, 100 páginas. Roteiro da intolerância A censura cinematográfica no Brasil, de Inimá Simões, 264 páginas. Kant Crítica e estética na modernidade, organização de Ileana Pradilla Cerón e Paulo Reis, 246 páginas. Na cozinha pela vida (receitas dos pratos prediletos de gente famosa), de João Marcos Bezerra, 116 páginas.
Limpeza em JupiáTudo começou com a introdução, sem a devida avaliação de impacto ambiental, de duas espécies de peixes carnívoros no reservatório da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), também conhecida como Reservatório Jupiá. Com isso, a população de peixes herbívoros ficou bastante reduzida, e duas espécies de plantas aquáticas Engeria densa e Engeria najas proliferaram de tal modo que colocaram em risco a atividade da usina.
Para encontrar uma solução que não viesse a se transformar em outro problema, o engenheiro agrônomo Robison Antonio Pitelli, pesquisador do Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária da Universidade Estadual Paulista (Unesp), percorreu rios de várias regiões do país em busca de um predador natural dessas plantas. Sua equipe encontrou e isolou cerca de 300 fungos de 60 espécies diferentes, até eleger o gênero Fusarium como o mais apto a combater a vegetação indesejável. Esse fungo libera uma toxina que pode matar as plantas em dez dias, como se fosse um herbicida natural. Sua eficácia já foi comprovada em laboratório, e o passo seguinte será testá-lo em pequenas lagoas e, em seguida, em larga escala. Segundo Pitelli, esses cuidados são necessários para verificar se o fungo oferece risco a outras plantas e peixes e se é tóxico para seres humanos, embora testes preliminares indiquem que não.
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