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Vantagens da inovação

Postado em 30/10/2006

O sucesso dos parques tecnológicos já implantados em território brasileiro, assim como das empresas que eles abrigam, vem despertando em muitas prefeituras o desejo de também ter o seu. Afinal, as cidades onde eles estão instalados, além de vantagens tributárias e da oferta de empregos qualificados, desfrutam de inestimáveis benefícios para seu portfólio econômico. Na reportagem de capa deste número, mostramos como essa situação, aparentemente favorável, pode levar a um desvirtuamento dessas iniciativas.

Outras duas matérias tratam de um assunto que vem ganhando destaque na esfera governamental e também na mídia: a necessidade de aumento da geração de energia. Na primeira, o enfoque é a construção da hidrelétrica de Tijuco Alto, no rio Ribeira do Iguape. Esse empreendimento, destinado a atender à demanda da segunda maior produtora de alumínio do país, embora seja considerado prioridade para o setor energético, aguarda há 20 anos pelo licenciamento que permitirá o início das obras. A longa demora, deve-se ressaltar, foi causada por entraves tanto de natureza ambiental – devido à sua localização, numa importante área de preservação, na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná – quanto social, uma vez que pode afetar, direta ou indiretamente, a vida de comunidades ribeirinhas e quilombolas.

Na segunda, o tema é a decisão do governo de retomar o projeto da usina nuclear de Angra 3, concebido originalmente na década de 1970. Apesar do argumento de que é necessário assegurar ao país, com urgência, condições de crescimento continuado, persistem dúvidas quanto à racionalidade de um vultoso investimento nesse tipo de energia e também em relação aos possíveis impactos sobre o meio ambiente, em especial aqueles decorrentes da destinação dos resíduos radioativos.

Esta edição traz, ainda, uma discussão, baseada em números, sobre a baixa capacidade da população em geral de ler e escrever. O Brasil, cuja economia está entre as maiores do mundo, apresenta taxas de analfabetismo superiores às de alguns de seus vizinhos, como Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. Na região nordeste, a situação é mais grave: os índices de alfabetização ficam abaixo dos de países africanos pobres que passaram por longos períodos de guerra civil, a exemplo de Angola, Uganda e República Democrática do Congo. Com o objetivo de mudar essa situação, governo, entidades da sociedade civil e especialistas vêm buscando caminhos para corrigir as distorções do sistema educacional.

Abram Szajman
Presidente da Federação e Centro do Comércio do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac

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