A indústria do turismo é uma das mais poderosas do planeta.
Além de movimentar bilhões de dólares no mundo inteiro,
serve como fonte preciosa na geração de empregos. No Brasil,
apesar do cenário ainda não ter se tornado mais animador,
começa-se a perceber que não são somente a imagem
exótica de paraíso tropical e seu litoral ensolarado que
convencem os turistas estrangeiros a nos visitar.
Se focalizarmos essa realidade na cidade de São Paulo, a paisagem
formada por arranha-céus e trânsito não se iguala
ao estereótipo forjado para o Brasil. Somos uma cidade imensa e
populosa, cujos atrativos não diferem de outros grandes centros
urbanos. Como a cidade é primeiramente lembrada como centro de
compras, se somarmos a isso o seu proeminente parque industrial, o turismo
de negócios termina por prevalecer.
No plano cultural, entretanto, ao contrário do que possa parecer,
a metrópole tem muito a oferecer ao visitante. Seu recorte arquitetônico
eclético, seu caráter multicultural, sua história
e desenvolvimento, as diversas etnias e o aumento na oferta de serviços
na área cultural - como teatros, museus e casas de espetáculos
- potencializam São Paulo como destino para uma estadia culturalmente
enriquecedora.
No entanto, para dinamizar ainda mais essa característica, torna-se
inevitável que também o paulistano tome consciência
do potencial turístico que a cidade apresenta e reconheça
a importância do visitante para o desenvolvimento econômico
e cultural de sua própria comunidade.
Abram
Szajman
Presidente do Conselho Regional do
Sesc no Estado de São Paulo
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