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Dossiê

Postado em 01/03/2005

Triste fim de Danton

Fica em cartaz até 9 de março, no Sesc Ipiranga, a peça Arena Conta Danton, em montagem da Cia. Livre. Dirigida por Cibele Forjaz – indicada por este trabalho ao Prêmio Shell de Teatro 2004 –, o espetáculo é uma adaptação de Fernando Bonassi para o texto A Morte de Danton, de Georg Büchner. A obra narra os últimos dias de Georges-Jacques Danton, um dos principais líderes da Revolução Francesa. A releitura enfoca, principalmente, o racha da vanguarda revolucionária, traduzido num conflito entre o “time de Danton” e o “time de Robespierre”. A peça faz parte do projeto Arena Conta Arena 50 Anos, que resgata a história de um dos principais núcleos de teatro do País.

 

Essência do samba

O sambista paulistano Geraldo Filme, morto há 10 anos, irritava-se quando ouvia que São Paulo era o túmulo do gênero. Em fevereiro, ganhou uma homenagem à altura de sua obra no Sesc Ipiranga, ocupado por exposição de fotos, exibição de documentário, rodas de samba e espetáculos infantis. Ex-integrante da Vai-Vai, da Unidos do Peruche, entre outras escolas, sempre combateu a elitização do samba. “Enquanto Adoniran Barbosa era mais pitoresco e Paulo Vanzolini mais técnico, Geraldo representava um lado mais genuíno do samba paulista”, diz Heron Coelho, um dos curadores do projeto.

 

Em primeira mão

Em fevereiro, Paulinho Moska (foto) e André Abujamra foram os convidados do projeto Em Primeira Mão, do Sesc Santo André. Todo mês, a  unidade  recebe grandes nomes do cenário musical brasileiro, que lançam no palco do Sesc seu mais recente trabalho. Moska apresentou o repertório de Tudo Novo de Novo, seu sétimo disco, que traz, entre outras, a música A Idade do Céu, versão em português de La Edad del Cielo, do uruguaio Jorge Drexler – concorrente ao Oscar de Melhor Canção por El Otro Lado del Rio, tema do filme Diários de Motocicleta, de Walter Salles. Já Abujamra, que durante os anos 90 liderou a banda Karnak, apresentou o repertório de Infinito de Pé, seu primeiro trabalho solo.

 

Festa para os foliões

Cortejos, rodas de samba, blocos e shows foram algumas das atrações do Carnaval 2005 nas unidades do Sesc São Paulo. O grupo Nau de Ícaros se apresentou na unidade Santo Amaro. O Sesc Santo André abriu as portas a integrantes das escolas de samba Pérola Negra, Camisa Verde e Branco e Unidos do Peruche. Além disso, exposições sobre grandes nomes da cultura popular permaneceram em cartaz, como a mostra Chico Buarque: o Tempo e o Artista, no Sesc Pinheiros.

 

“Apesar da pouca valorização de sua obra, Lanny Gordin deixou para sempre a marca de suas cordas de ácido [referência de que Gordim tocava sob o efeito de drogas] sem a qual o tropicalismo não seria o mesmo. Um gênio da guitarra, que ainda terá seu nome inscrito entre os grandes instrumentistas da música brasileira moderna.”

Crítica da Senhor F – A Revista do Rock sobre o guitarrista brasileiro, que se apresentou no projeto Hoje o Rock Saiu!, do Sesc Pompéia










Joaninhas

Em fevereiro, 30 crianças do Projeto Joaninha Ballet Stagium apresentaram o espetáculo Danças da Ilha de Santa Cruz, no Sesc Pinheiros. A montagem, com coreografia de Décio Otero e direção de Marika Gidali, mescla ritmos étnicos com dança de rua e apresenta trechos do poema Navio Negreiro, de Castro Alves. O Projeto Joaninha teve início em 2000 com crianças e jovens de escolas públicas da periferia de São Paulo. A idéia é colocá-las em contato com a expressão corporal, por meio do teatro e da dança.



Ensino de história

Alunos da rede pública terão acesso a material paradidático pensado para o ensino da história do estado de São Paulo. O projeto Terra Paulista: Histórias, Arte, Costumes, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (Cenpec), tem apoio da Unesco e da Secretaria de Estado da Educação. As educadoras Marta Wolak Grosbaum e Lídia Izecson de Carvalho desenvolveram a série Terra Paulista – Jovens, kit composto de dez livros, três jogos de tabuleiro, almanaque e 12 videodocumentários, com lançamento em março. O projeto conta, ainda, com uma exposição no Sesc Pompéia sobre a história de São Paulo.

 

“Nossa música é isso: um ensaio visual, mas também filosófico e cinematográfico, que pergunta pelo nosso lugar no mundo. Não se poderia responder a isso de maneira mais bela.”

Luiz Zanin, crítico de cinema de O Estado de S.Paulo, sobre Nossa Música, último filme do francês Jean-Luc Godard, que esteve em cartaz no  CineSesc

 





“Não há uma regra, mas é sempre bom imaginar o que o leitor gostaria de perguntar. O jornalista tem de abordar uma entrevista de maneira modesta, porque afinal ele é apenas a pessoa que carrega as dúvidas e interesses do cidadão comum.”

Fábio Altman, autor do livro A Arte da Entrevista (Boitempo, 2005), lançado no Sesc Pompéia

 

“Fechamos 2004 com 48 shows e nossa primeira turnê internacional, fora os clipes e apresentações em TV e rádio. Temos orgulho de ser uma das bandas independentes que mais tocam neste País.”

Chuck Hipolitho, guitarrista e vocalista da banda de punk-rock Forgotten Boys, que se apresentou no Sesc Santos

 






“Com toda a sinceridade do meu coração: até eu chegar ao Zicartola, e até participar do primeiro disco com A Voz do Morro, jamais havia passado pela minha cabeça me tornar um músico profissional. Tanto é que trabalhava num banco.”

Paulinho da Viola, cantor e compositor, que se apresentou no Sesc Pinheiros

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