Arte X mente Com direção de Sérgio Luiz Bambasi, encenado pela Cia. Ditirambo Produções, esteve em cartaz no Sesc Santo Amaro a peça Canto a Vida e à Vida. A obra retrata o encontro entre o poeta e dramaturgo espanhol Federico Garcia Lorca e o psiquiatra Carl Jung. Lorca, autor de Bodas de Sangue, Yerma e do Poeta em Nova York, é considerado um dos maiores artistas do século XX e foi assassinado, em 1936, durante a Guerra Civil Espanhola. Jung, juntamente com Freud, é um dos pais da psicanálise moderna.
(... Um livro de poesias é o outono morto: os versos são as folhas negras em terras brancas, e a voz que os lê é o sopro do vento que lhes incute nos peitos - entranháveis distâncias ...) Trecho do poema Este é o Prólogo, de Federico Garcia Lorca
Meninas do Brasil Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Sesc Ipiranga realizou o projeto especial Meninas do Brasil. Uma série de oficinas e espetáculos musicais tiveram o universo feminino como tema, entre eles A Marvada Neide, com Lucia Leão e Laura Campaner, e Mulheres de A a Z.
A arte sem fronteiras O Sesc Consolação realizou o III Fórum Internacional Arte Sem Fronteiras - uma parceria entre a ASF (Arte Sem Fronteiras), o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a Unesco, a Universidade do Texas (EUA) e a prefeitura de Valparaíso, no Chile. Fundada em 1996, a ASF segue um programa de ação que evidencia o papel da cultura no processo de desenvolvimento da América Latina.
"Mesmo assim, quase trinta anos depois da estréia, Casanova não envelheceu. As estranhezas de estilo e as interrupções da narrativa parecem ter-se suavizado com o passar do tempo, abrindo mais espaçopara a deslumbrante magia do filme. O contraste entre as cenas 'vazias' - neve, bruma esverdeada, noite - e os momentos de saturação quase oriental da tela - carruagens, brocados, adereços - é operado magistralmente por Fellini, como que simbolizando o destino do personagem, que se alterna entre a promiscuidade e a solidão." Marcelo Coelho, na Folha de S. Paulo, sobre Casanova, de Fellini, exibido no CineSesc.
"Como o cronista trabalha sobre o 'quente', sobre algo que viveu ou viu, ou, então, tem que entregar seu texto daí a pouco, o trabalho é muito envolvente, é como se você estivesse resolvendo uma equação, um teorema. E quando a crônica fica redondinha, dá um certo bem-estar, como se tivesse resolvido um enigma." Affonso Romano de Sant´Anna, escritor, que participou do projeto Horizontes Literários no Sesc Carmo
Na Câmara Federal
Em sessão realizada no último dia 25, no plenário da Câmara Federal, o Sesc foi homenageado. A homenagem, iniciativa da deputada Mariângela Duarte, deveu-se à passagem dos 40 anos do trabalho social com idosos, iniciativa pioneira na América Latina. Na oportunidade, foi destacado o caráter educativo da proposta, capaz de propiciar a milhares de idosos a manutenção de sua auto-estima e a desenvolver a consciência de seus direitos de cidadão.
"Eu sempre soube que comparações aconteceriam. Mas existia uma cobrança desde que eu era muito nova: você tem que cantar, você tem que cantar! E eu não sabia se esse 'tem que cantar' era porque eu era realmente boa ou porque eu era filha de quem sou. E pensava: e se não der certo?" Maria Rita Mariano, filha de Elis Regina e do músico César Camargo Mariano, no Sesc Santos.
O mar chora Considerada uma versão brasileira da história de Cinderela, a peça Por Que o Mar Tanto Chora - inspirada nos contos Dona Labismina, de Silvio Romero, e Bicho de Palha, de Câmara Cascudo - trata de uma rainha que queria muito ter um filho. Ela concebe uma menina que nasce com uma cobra enrolada ao pescoço. Exibida no Sesc Belenzinho, a peça foi montada pelo grupo As Meninas do Conto, que nos últimos sete anos estuda as narrativas da cultura popular brasileira.
Valores Humanos Proposta conjunta do Sesc Bauru e da Unesp, o seminário Sociedade e Valores Humanos discutiu, de 30 de março a 2 de abril, os princípios das condutas e dos comportamentos que caracterizam o modo de agir individual e de grupos sociais e instituições. A idéia do encontro foi discutir conceitos, reunindo pensadores, educadores e público em geral na busca de parâmetros e atualizações sobre o tema.
Erudita ou popular? O projeto Encontros Contemporâneos, do Sesc Ipiranga, tem como prioridade dar espaço a trabalhos tidos como híbridos, no caso, que misturam características populares e eruditas. A idéia básica nasceu de uma questão conceitual: como classificar essas composições? Pensando nisso, três shows foram realizados durante o mês de março na unidade, com Tim Rescala (foto), Willy Verdaguer e Fernando Sardo.
Sobre Polanski Roman Polanski, um dos mais celebrados e talentosos cineastas da atualidade, esteve no CineSesc, no mês de março, para prestigiar a maior mostra de filmes dirigidos por ele já realizada no Brasil. Além de curtas-metragens raros do início de sua carreira, foram exibidos, durante os sete dias de festival, doze de seus principais longas, como O Bebê de Rosemary, Lua de Fel, Dança dos Vampiros e O Inquilino, entre outros. A presença no festival do polonês que ganhou o Oscar de melhor diretor por O Pianista em 2002 acabou ressuscitando várias histórias de sua carreira. Uma delas diz respeito ao início da sua vida no cinema, quando ainda era um jovem diretor tentando convencer o mundo de que seu trabalho merecia atenção. Para conseguir captar dinheiro da pequena produtora Compton Group e filmar Repulsa ao Sexo, filme que fez parte da retrospectiva do diretor no CineSesc, Polanski escreveu o roteiro do filme em dezessete dias. Era a única chance de atrair a atenção da empresa, que na época trabalhava com pornografia leve, mas queria entrar no mercado de terror, a produzir sua história. O jovem cineasta convenceu os produtores e o filme foi realizado com um orçamento baixíssimo. Mas nem por isso deixou de guardar seu lugar na história. Apesar do pouco dinheiro, Polanski convenceu Catherine Deneauve, então com 21 anos, a estrelar a obra e que um dos fotógrafos mais caros do cinema inglês na época, Gilbert Taylor, assumisse a direção de fotografia. Repulsa ao sexo acabou se consagrando como uma pérola do terror psicológico e ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1965.
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