Postado em 28/02/2022
Antes de desembarcar nas Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico, onde encontrou pássaros que, anos mais tarde, o ajudariam a formular a teoria da evolução das espécies por seleção natural e sobrevivência dos mais aptos no planeta, o biólogo e naturalista Charles Darwin (1809-1882) esteve no Brasil. A bordo do navio HMS Beagle, o então jovem inglês que abalou a estrutura dos conhecimentos vigentes no século 19 conheceu, em 1832, os arquipélagos de São Pedro e São Paulo (PE) e de Fernando de Noronha (PE), no Atlântico, e depois aportou em Salvador e no Rio de Janeiro. Deu a volta ao globo por quase cinco anos [veja no mapa].
No Rio, então capital do Império, Darwin permaneceu por três meses – de abril a julho daquele ano, quase dois séculos atrás. Instalou-se numa quinta na praia de Botafogo, zona sul carioca, e, como relatou em seu diário que em 1839 virou o livro A Viagem do Beagle, “era impossível desejar coisa mais deliciosa que passar assim algumas semanas num país tão magnífico. (...) aqui, na fertilidade de um clima como este, são tantos os atrativos que não se pode nem mesmo dar um passo sem lamentar a perda de uma novidade qualquer”.
Segundo o biólogo Nelio Bizzo, especialista em darwinismo e professor titular sênior da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Darwin ficou deslumbrado com a biodiversidade brasileira, particularmente, com a mata tropical. “Ele já tinha lido sobre essa grande variedade de espécies, mas seguramente não poderia ter a menor ideia do que era vê-la pessoalmente, na forma de um passeio pela Floresta da Tijuca ou andando pelo interior do Rio de Janeiro”, destaca Bizzo, que também é autor do prefácio, da revisão técnica e das notas da tradução de uma edição recente de A Origem das Espécies (Edipro, 2018).
Porém, “da mesma maneira como Darwin se maravilhou com a natureza daqui, ele se horrorizou com a nossa sociedade, particularmente com a escravidão”, aponta o especialista, que também assinou o prefácio de outra edição da obra-prima darwiniana, dessa vez lançada pela editora Martin Claret em 2014. “Ele ficou muito chocado ao ver como eram tratados os escravizados: açoitados, castigados. E chegou, inclusive, a escrever sobre a futilidade com a qual as damas cariocas lidavam com questões ligadas à vida de suas escravizadas e escravizados”, conta. E os gemidos que Darwin ouviu vindos de uma casa no Recife, durante uma sessão de tortura, o assombraram por mais de uma década. A decepção do cientista britânico, cuja família era abolicionista, foi tanta que ele jurou que nunca mais colocaria os pés num país escravocrata.
Esses e outros detalhes sobre a vinda do renomado naturalista ao Brasil integram a exposição Darwin, o original, que o Sesc Interlagos apresenta a partir do dia 5 deste mês, por meio de uma parceria entre o Sesc São Paulo e a instituição francesa Universcience [Leia mais no boxe Para ler, ver, ouvir e sentir]. A mostra já passou pelo Museu Nacional de História Natural da França, e há uma sala inédita, inteiramente dedicada à visita que o naturalista fez ao nosso país, com consultoria científica de Flávia Natércia, pós-doutora em divulgação Científica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e curadoria de Leda Cartum e Sofia Nestrovski, mestres em literatura francesa e inglesa pela USP, respectivamente, além de apresentadoras, roteiristas e pesquisadoras do podcast Vinte mil léguas [Leia mais no boxe De áudio a livro], cuja primeira temporada se concentrou na origem, na história e no legado de Charles Darwin.
Leda diz que Fernando de Noronha – hoje um dos últimos redutos preservados do país e um dos destinos de viagem mais cobiçados do mundo – não entusiasmou muito o cientista naquela época. "A natureza no Brasil era tão diversa que Noronha acabava sendo apenas mais uma ilha no meio de tanta biodiversidade, cores, espécies, plantas. Para um naturalista europeu, chegar aos trópicos foi como conhecer outro planeta."
A pesquisadora e parceira do Vinte mil léguas, Sofia, completa: “Darwin passou um carnaval em Salvador e anotou em seu diário que era difícil manter a dignidade. Imagina aquele inglês de chapéu e casaca numa festa de rua com guerra de bexiga d’água! Jogavam farinha, xixi, era difícil manter a dignidade mesmo”, avalia.
E, apesar do desmatamento do pau-brasil, da Mata Atlântica e de outros biomas, que já era grande naquela época, após mais de 300 anos de colonização portuguesa, Darwin ficou fascinado com a floresta. “Ele veio num momento em que vários povos indígenas já estavam dizimados, havia muitos missionários [a serviço da Igreja Católica], mas a floresta em si estava muito mais preservada do que hoje”, pontua Sofia. E ter acesso a diferentes indivíduos de uma mesma espécie, para compará-los em suas variações, foi fundamental para formular a teoria evolutiva. “Foi nesse momento, após a Revolução Francesa, que começaram a surgir os grandes museus públicos na Europa, com acervos que vieram inicialmente de coleções particulares de reis e nobres”, contextualiza.
Na visão de Sofia, Darwin nos ensina que evolução não significa aperfeiçoamento, mas transformação contínua. “Para ele, a natureza não tem uma finalidade, um plano. É uma questão adaptativa, circunstancial, e tudo pode mudar a qualquer momento. Vivemos num mundo instável e assustador, mas também maravilhoso e muito pulsante, em que as coisas estão em movimento e constante processo”, ressalta. Além disso, para o cientista, “os seres humanos não são melhores do que uma tartaruga, por exemplo”, aponta Sofia.
Hoje, com a pandemia de Covid-19, a seleção natural pode ser vista em tempo real e em escala aceleradíssima, analisa a apresentadora do Vinte mil léguas. “As novas variantes surgem porque há reprodução demais desse vírus. E [assim como ocorreu com a produção das vacinas em 2020] Darwin também acreditava no trabalho colaborativo da ciência, trocava cartas o tempo todo com seus colegas. Ele não descobriu nada sozinho”, revela.
De acordo com o biólogo e professor da USP Nelio Bizzo, o que podemos aproveitar atualmente daquilo que o naturalista concebeu é entender como esses patógenos se modificam e, assim, exigem novas defesas dos organismos. “E isso nos faz entender melhor como precisaremos reunir um arsenal de vacinas muito mais amplo com o passar do tempo. Esse vai ser, inevitavelmente, um dos desdobramentos da aplicação da teoria evolutiva ao estudo dos agentes causadores de doenças”, explica o especialista em darwinismo. Em seu doutorado, Bizzo foi até a Universidade de Cambridge, na Inglaterra, para trabalhar diretamente com os manuscritos e rascunhos da biblioteca pessoal de Darwin [cujo acesso hoje pode ser feito pela internet] que foram usados para compor a primeira edição de A Origem das Espécies, em 1859.
Interessado pela genialidade de Darwin desde a adolescência, o pesquisador cita, ainda, o filósofo norte-americano Daniel Dennet [autor do livro indicado ao prêmio Pulitzer A Perigosa Ideia de Darwin, lançado em 1995], que defende a ideia de que o naturalista inglês criou não apenas um corpo de informações, mas um algoritmo, uma ferramenta de geração de conhecimento. “Isso nos permite gerar conhecimento ainda hoje em dia. O próprio coronavírus está mostrando isso. Para que a gente entenda a dinâmica desse vírus, precisamos compreender elementos que, evidentemente, não estavam disponíveis naquela época, como a estrutura de seu material genético, mas podemos também recorrer às ideias que Darwin semeou”, afirma.
Entre essas formulações, está a noção de que os seres vivos mantêm relações de parentesco entre si. “Então, as novas variantes do vírus são previsíveis, inclusive. Nós sabemos que, a cada geração, algumas modificações herdáveis são acrescentadas ao material genético das espécies. Essa ideia básica nós devemos a Charles Darwin”, resume Bizzo.
No ano em que se completam 140 anos da morte do fundador da teoria da evolução, o Sesc Interlagos apresenta a exposição gratuita e interativa Darwin, o original, que ficará em cartaz de 5 de março a 11 de dezembro, de quarta a domingo e feriados, das 10h às 17h (com entrada até as 16h30). Instalada em uma área de 700 m², a mostra empreende uma fascinante viagem pela história, pelas ideias revolucionárias e descobertas do personagem-título, e pelas reviravoltas científicas que ele provocou.
Além da parceria com a Universcience, que tornou possível também a exposição Pasteur, O Cientista [em cartaz no Sesc Interlagos em 2020, e atualmente no Sesc Campinas], o projeto tem apoio da Embaixada da França no Brasil e do Museu Nacional de História Natural da França, patrocínio do Magazine Luiza, curadoria de Éric Lapie, em parceria com as museógrafas Astrid Aton e Christelle Guiraud (todos da Universcience), além de curadoria científica de Guillaume Lecointre, diretor do Departamento de Sistemática e Evolução do Museu Nacional de História Natural da França.
Para o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, trazer a exposição Darwin, o original ao Brasil evidencia a importância do conhecimento científico que transborda em desenvolvimento social, político e cultural, reforçando o caráter educativo das ações da instituição. “Que possamos, ao tomar ciência do significativo papel desse território de saberes na manutenção de nossa qualidade de vida, colaborar para a construção de futuros mais acolhedores e sustentáveis para as atuais e próximas gerações”, destaca.
Durante o percurso, o visitante ficará imerso na mente, na imaginação e no método científico de Darwin, e poderá conhecer suas diversas facetas: o naturalista, o biólogo, o pai, o humanista, o antiescravagista e o pioneiro da etologia [estudo do comportamento social e individual das espécies em seu habitat natural] animal e humana.
Além disso, o público poderá ver uma maquete do navio Beagle, conhecer a biblioteca com mais de 400 títulos que o cientista levou a bordo, acessar uma linha do tempo, filmes, teatros animados, jogos e dispositivos multimídia interativos. Tudo para permitir que as pessoas explorem, de maneira lúdica, as referências históricas, intelectuais e culturais do período vitoriano, e entrem em contato com áreas do conhecimento como zoologia, botânica, geologia, paleontologia, antropologia e geografia.
Os textos estão disponíveis em português, inglês e francês, e há acessibilidade para deficientes visuais e auditivos. Do lado de fora da unidade, em parceria com o Avistar Brasil, será realizada a intervenção Trilhas de Darwin, uma atividade guiada que pretende provocar o olhar darwiniano dos visitantes, propondo um exercício de observação das aves locais. A ideia é que o público se sinta um verdadeiro naturalista, criando uma relação com a fauna e a flora do Sesc Interlagos.
Projetada especialmente pelo Sesc para integrar a exposição, a sala Darwin e o Brasil tem curadoria de Leda Cartum e Sofia Nestrovski, além de consultoria de Flávia Natércia, pós-doutora em Divulgação Científica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O espaço traz uma “coluna do tempo” com mais de dois metros de altura, desenvolvida pelo artista visual Márcio Ambrósio, que possibilita ao visitante olhar para o tempo verticalmente e se acende conforme o público aperta determinados botões nesse ambiente.
Quem passar pela sala também poderá conhecer outras eras geológicas do Brasil, por meio de fósseis, da formação dos minerais, da arqueologia indígena, de amostras de terra do próprio Sesc Interlagos e da representação de uma cratera localizada no extremo sul da cidade de São Paulo, onde hoje fica o bairro de Vargem Grande. E saberá também quem foram outros viajantes que visitaram o nosso território, especialmente a região Sudeste, séculos atrás.
"Essa sala é o fim da exposição, depois que as pessoas já conheceram o pensamento de Darwin, a trajetória de vida dele, as principais teorias. É um grand finale. Nos propusemos a falar sobre o Brasil através de um olhar darwiniano e fazer uma ampliação do nosso território não tanto no espaço, mas no tempo, para entender que esse lugar onde você está agora já foi muito diferente há 200 milhões de anos, quando existia um supercontinente chamado Pangeia”, diz Sofia.
Leda acrescenta que a última seção da sala dedicada ao Brasil fala sobre o meteorito Bendegó, que foi encontrado no sertão da Bahia em 1784 e, mais de um século depois, levado para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. “Ele sobreviveu ao incêndio de 2018 e é um símbolo [de resistência], pois já enfrentou temperaturas muito mais altas no espaço profundo. E conecta todos os tempos da sala, tem a ver com a geologia, com esse tempo antigo, anterior a qualquer coisa, e também com a história do Brasil, do tempo que estamos vivendo agora, após o incêndio”, reflete.
Lançado em agosto de 2020, Vinte mil léguas, “o podcast de ciências e livros”, é um projeto da revista Quatro Cinco Um em parceria com a livraria Megafauna e com apoio do Instituto Serrapilheira. Sua primeira temporada, totalmente dedicada a Charles Darwin, tem 12 episódios entre 20 minutos e 1 hora, além de um episódio zero (explicativo) e alguns extras. “O nome refere-se ao livro Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, que faz um cruzamento entre ciência e literatura, e remete à sensação de uma grande aventura”, explica Leda. Ainda neste ano, a temporada de estreia vai virar um livro: As vinte mil léguas de Charles Darwin – O caminho até A Origem das Espécies, parceria das Edições Sesc São Paulo com a editora Fósforo. A obra será lançada ao longo da exposição Darwin, o original e traz uma reelaboração dos roteiros inicialmente escritos para o programa em áudio. Saem a narração e a trilha sonora, entram imagens, citações, entrevistas e boxes informativos. Atualmente, o podcast está em sua segunda temporada, desta vez dedicada à vida e à obra do naturalista e geógrafo alemão Alexander von Humboldt (1769-1859), que também foi uma importante referência para Charles Darwin.
Leia a seguir dois trechos do episódio Um navio com nome de cachorro, parte 2, do podcast Vinte mil léguas [disponível nos principais tocadores de podcasts]:
Salvador – 29/2/1832
O dia transcorreu deliciosamente. Mas esse talvez seja um termo pobre para descrever os sentimentos de um naturalista que, pela primeira vez, aventurou-se sozinho por uma floresta brasileira. A elegância da relva, o inusitado das plantas parasitárias, a beleza das flores, o verde brilhante da folhagem e, acima de tudo, a exuberância do todo me encheram de admiração. Uma combinação muito paradoxal de som e silêncio permeia as partes escuras da mata. O som dos insetos é tão alto que é possível escutá-los de dentro de uma embarcação ancorado a centenas de metros da praia. Porém, nas profundezas da floresta [de Mata Atlântica], um silêncio universal parece reinar. Após passear por algumas horas, fui surpreendido por uma tempestade tropical. Tentei me refugiar debaixo de uma árvore, era tão grossa que nenhuma chuva inglesa seria capaz de penetrá-la. Mas aqui, em poucos minutos, uma pequena cachoeira desceu seu tronco. É a essa violência das chuvas que devemos atribuir a vegetação que existe no solo das florestas mais cerradas. Se as chuvas daqui fossem como as dos climas mais frios, a maior parte delas seria absorvida ou evaporaria antes mesmo de encostar no chão. (...) Quem pode duvidar das qualidades intrínsecas da banana, do coco, das laranjas, da fruta-pão e das diferentes palmeiras? (...)
Rio de Janeiro – de abril a julho de 1832:
Todos já ouviram falar da beleza da paisagem de Botafogo. A casa onde morei ficava logo abaixo do conhecido morro do Corcovado [o Cristo Redentor só foi para lá um século depois]. Eu costumava olhar as nuvens que vinham do mar e formavam uma massa logo abaixo do ponto mais alto do morro. No final dos dias mais quentes, era delicioso se sentar sozinho no jardim e assistir à tarde se transformar em noite. A natureza nesses climas elege vocalistas mais humildes que os da Europa. Uma pequena rã do gênero ila acomoda-se sobre uma folha de grama, cerca de dois centímetros acima da superfície da água, e emite um coaxar agradável. Quando há muitas delas juntas, cantam em harmonia, cada uma, uma nota. Tive certa dificuldade em capturar um espécime dessa rã.
Confira o roteiro de Darwin a bordo do navio HMS Beagle [HMS significa Her Majesty’s Ship, prefixo usado pelos navios da Marinha britânica], sob comando do capitão Robert FitzRoy:
Partida: 27/12/1831, do porto de Plymouth, Inglaterra
Local 1: Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PE), no Oceano Atlântico
Período: 15/2/1832
Local 2: Arquipélago de Fernando de Noronha (PE)
Período: De 19/2 a 21/2/1832
Local 3: Salvador (BA)
Período: 28/2 a 18/3/1832
Local 4: Rio de Janeiro
Período: 4/4 a 5/7/1832
O que registrou: as belezas da floresta tropical e a escravidão
Volta ao globo. Última parada antes do retorno à Inglaterra: Salvador (BA) e Recife (PE)
Período: Agosto de 1836
Chega em casa (Falmouth, Inglaterra) em 2/10/1836, após quase cinco anos de viagem.
• Nasceu na pequena cidade inglesa de Shrewsbury, em 12 de fevereiro de 1809;
• Passou a infância numa antiga mansão com um imenso jardim, rodeado por bosques;
• Foi uma criança observadora, curiosa e ávida por aprender;
• Colecionava insetos e minerais, fazia pesquisas na biblioteca de casa e adorava usar o laboratório do irmão Erasmus, onde realizava experiências químicas e misturas estranhas;
• Começou a cursar medicina na Escócia, porque o pai e o avô eram médicos. Mas não suportou acompanhar as aulas de anatomia nem as cirurgias, que na época não tinham anestesia, e largou a faculdade;
• Foi estudar teologia em Cambridge, onde se matriculou em aulas de botânica;
• Soube, por meio de um professor, que um barco daria a volta ao mundo para desenhar mapas das costas da América do Sul e que precisavam de cientistas para catalogar a fauna e flora dessas regiões;
• Viu fósseis em Punta Alta, na Argentina, prova de que animais haviam desaparecido da Terra ou se transformado ao longo do tempo;
• Encontrou a chave para sua teoria nas Ilhas Galápagos, arquipélago a mil quilômetros do Equador. Estudou diferentes espécies de tentilhões (um pássaro) que se distinguem pela forma e espessura do bico;
• Com a sua teoria da evolução, foi possível compreender melhor a história da vida na Terra;
• Publicou a primeira edição de A Origem das Espécies apenas em 1859, 23 anos após o retorno do Beagle. O livro se tornou um dos mais famosos da história e foi traduzido para diversos idiomas;
• Darwin enfrentou a resistência, a incompreensão, a revolta e os preconceitos da sociedade, pois questionava ideias já estabelecidas;
• Em 1871, publicou A Origem do Homem, para explicar que todos os primatas, incluindo os seres humanos, são da mesma ordem e descendem de um mesmo “parente”. A sociedade inglesa ficou escandalizada, e fizeram até caricaturas de Darwin como um macaco.