Postado em 09/09/2021
Nos últimos anos, pesquisadores das mais variadas áreas têm escolhido o Sesc São Paulo como objeto de estudo. Assim, temas como a história da instituição, os seus programas, públicos, a arquitetura das unidades operacionais e até processos internos, relacionados a assuntos tão diversos quanto tecnologia da informação e administração dos bens móveis, recebem a atenção de estudantes interessados em entender o funcionamento da organização e os seus impactos na sociedade.
Tais estudos apresentam olhares variados e resultam em monografias de pós-graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado, agora reunidas na Coleção Acadêmica: escritos sobre o Sesc São Paulo. Para dar visibilidade a esse conjunto, destacando objetivos, percursos metodológicos e conclusões de cada trabalho, foram realizadas entrevistas em vídeo com seus autores, disponibilizadas no Sesc Digital.
“Para além dos discursos sobre a instituição elaborados em primeira pessoa, consideramos importante fazer circular outros, produzidos a partir de critérios acadêmicos e chancelados por instituições de ensino superior”, afirma Marta Colabone, Gerente de Estudos e Desenvolvimento, responsável pelo Programa Sesc Memórias, onde os trabalhos estão armazenados. “Além disso, essa bibliografia serve como ponto de partida para a realização de novas pesquisas”, completa.
O próprio acervo do Sesc Memórias tem servido de fonte documental para inúmeros pesquisadores. É o caso de Bernardo Lazary Cheibub, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Turismo, da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense, autor da tese de doutorado intitulada “A história do ‘turismo social’ no Serviço Social do Comércio-SP”.
“Comecei acessando a biblioteca do Sesc Nacional, foi o primeiro lugar que eu fui. Consegui alguns documentos importantes lá. E, aqui em São Paulo, conversei com algumas figuras, que me deram dicas de pessoas para entrevistar. Mas o local que me deu acesso a várias fontes foi o Sesc Memórias. Lembro que a primeira caixa que abri, que eu chamo de ‘caixa mágica’, me trouxe uma querela jurídica que, para a minha pesquisa, foi muito importante”.
Até o momento, foram identificados mais de uma centena de trabalhos, tendo sido realizadas 55 entrevistas com seus autores. A pluralidade de abordagens inspira entendimentos originais sobre instituição.