Postado em 21/09/2021
Questionei-me sozinho,
a procura de carinho....
Um abraço, um afago?
Talvez a expressão
Nítida, evidente
De que se tem zelo e cuidado.
Amor que vem do próximo,
daquele desconhecido,
que te cuida em pequenos atos,
mas não passa desapercebido.
Numa reviravolta social,
onde o toque físico se torna ameaça,
necessário compreender o que querem de nós
e o que é preciso que se faça.
Amar o outro e esperar o mesmo,
Ter gestos conscientes para que a doença seja contida.
Cuidar é o dizer do meio social,
Para que a esperança seja sentida.
A “chegada” da Covid-19 gerou impactos surpreendentes em todo o mundo. Causada pelo coronavirus, a doença se propagou rapidamente e colocou em prova a resistência do ser humano tanto no aspecto físico quando no psicológico. A sociedade, de maneira universal, não estava preparada para o enfrentamento do vírus por meio da adoção das medidas de sua contenção, principalmente em relação ao distanciamento social.
Em se tratando do convívio entre as pessoas, ainda que se refira a culturas que, essencialmente, não prezam por grandes demonstrações afetivas e contato físico rotineiro, o distanciamento entre as pessoas, medida tão incentivada pelas autoridades de saúde, gera um desconforto evidente.
De um lado, os crédulos de que as medidas adotadas surtem efeitos, reprimem seus anseios e aguardam ansiosamente para que a situação se normalize o mais breve possível, valendo-se dos meios digitais para matar a saudade, até mesmo de seus familiares. De outro lado, os desacreditados ignoram quaisquer protocolos de saúde, quebrando barreiras para a garantia de que suas próprias vontades serão atendidas, não se privando da aproximação aos seus entes, amigos e até mesmo desconhecidos em qualquer aglomeração, ainda que clandestina.
Notadamente, a pandemia gerou o caos em todo o mundo. A sociedade em massa não disporia de condições imediatas para compreender o fenômeno causado pela doença, sem ser afetada em algum aspecto. Acreditando ou não nas medidas adotadas no combate a doença, cada corpo que compõe o conjunto social padece em seu íntimo e espera pela melhora gradativa na qualidade de vida.
Meu nome é Luana Paula da Silva, tenho 26 anos e sempre fui apaixonada pela leitura e escrita. Em minha infância, fui incentivada pela minha mãe e decorrer dos anos, colecionei títulos de mérito por inúmeras confecções literárias, logrando êxito até mesmo em um concurso internacional promovido pela Biblioteca João XXIII de Mogi Guaçu-SP, onde consegui o primeiro lugar em minha categoria.
Conquistei reconhecimento de professores e autoridades do município de Planalto, onde sempre residi. Cursei Direito, sendo aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, antes mesmo de me graduar. Atualmente exerço a profissão de advogada, na qual a escrita é essencial e compreende a maior parte do meu trabalho, e me sinto extremamente realizada.
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