Postado em 05/04/2021
A segunda edição da Pesquisa Idosos no Brasil, realizada em parceria entre o Sesc São Paulo e a Fundação Perseu Abramo, contou também com uma fase qualitativa.
A pesquisa qualitativa foi composta de 40 entrevistas em profundidade realizadas em cinco capitais: Belém, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Campo Grande.
As entrevistas foram realizadas entre dezembro de 2019 e início de janeiro de 2020. A primeira edição da Pesquisa Idosos no Brasil, realizada em 2006, não apresentou uma fase qualitativa. Ela foi introduzida na segunda edição em razão da necessidade de inclusão de temas que passaram a ser cada vez mais presentes, quando se discute o envelhecimento.
Como uma das intenções para a segunda edição foi possibilitar a comparação de dados entre a pesquisa de 2006 e a de 2020, as perguntas da pesquisa quantitativa precisaram ser mantidas praticamente iguais. Porém, os pesquisadores tiveram a necessidade de inserir novos temas na pesquisa de 2020, em razão das mudanças sociais ocorridas no intervalo de 14 anos. Assim, questões que, até então, não estavam presentes como moradia, sexualidade, relações familiares, hábitos de consumo, entre outras, passaram a compor a pesquisa qualitativa.
A importância dessa fase da pesquisa é apresentar os entrevistados idosos com mais nuances, bem como propiciar que as informações sejam mais humanizadas. Um dado qualitativo pode tornar mais realista uma informação quantitativa. Por exemplo, enquanto um dado quantitativo nos diz que 17% dos idosos moram sozinhos, algumas entrevistas qualitativas nos dizem que muitas vezes morar só pode trazer um sentimento de solidão e isolamento, sobretudo entre as mulheres idosas.
Assim, a Pesquisa Idosos no Brasil tenta traçar um perfil do idoso brasileiro por meio das informações quantitativas e qualitativas e abre caminho para novas pesquisas geradas pelas interrogações, dúvidas e inquietamentos surgidas com elas.
Clique aqui e acesse a pesquisa qualitativa na integra.