Postado em 31/10/2020
Apresentações musicais e teatrais, debates e cursos estão sendo transmitidos por estas que se tornaram imprescindíveis nesta pandemia: as lives. Ao contrário do conceito original, emprestado da televisão, e que na língua portuguesa atende pelo nome “ao vivo”, as lives são transmitidas em tempo real, mas depois ficam, em sua maioria, gravadas em plataformas digitais. Acrescentadas à rotina de artistas, instrutores físicos, professores, jornalistas, cientistas e tantos outros profissionais, elas carregam diferentes mensagens para o público. Por isso, sugerimos algumas lives em que personagens reconhecidos mundialmente compartilham suas ideias e reflexões acerca de temas caros a este momento da história da humanidade.
Autora de mais de 25 obras, Nélida Piñon, 83 anos, é uma imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual presidiu no ano do centenário (1997), sendo a primeira mulher a ocupar o cargo. Recebeu vários prêmios literários, entre eles o Prêmio Príncipe de Astúrias (Espanha) pelo conjunto da obra. Em live realizada em agosto, pelo Centro Cultural Brasil USA (CCBU) — organização sem fins lucrativos criada por voluntários brasileiros em 1997, residentes em Miami (EUA) —, a escritora fala sobre literatura, escrita, memórias e pandemia. Ela ainda conta como foi finalizar, durante a quarentena, o novo romance: Um Dia Chegarei a Sagres (Record, 2020).
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Considerado o criador do pensamento complexo, o filósofo, antropólogo e sociólogo francês Edgar Morin, 99 anos, é autor de dezenas de livros, entre eles A Aventura de O Método e Para uma Racionalidade Aberta (Edições Sesc São Paulo, 2020). Na live Humanismo e Solidariedade na Sociedade Contemporânea, Morin conversa com o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, e alinhava observações e ideias a respeito deste momento da humanidade e de como podemos enfrentar os desafios impostos. “Para mim, há duas questões centrais sobre as quais precisamos falar: responsabilidade e solidariedade. Devemos pensar que cada sociedade, cada nação, tem como base o sentido de comunidade”, disse Morin. O bate-papo também marcou o lançamento do website www.edgarmorin.sescsp.org.br, dedicado à vida e obra de um dos grandes pensadores dos séculos 20 e 21.
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Linguista, filósofo e autor de diversas obras que disseminaram suas ideias pelo mundo, como Sobre Natureza Linguagem (WMF Martins Fontes, 2006) e Quem Manda no Mundo? (Crítica, 2017), o norte-americano Noam Chomsky, 91 anos, é um dos pensadores mais importantes da atualidade. Na live O Futuro Que Não Tem Bordas, realizada na primeira semana de outubro pelo LivMundi — Movimento e Festival de Impacto Socioambiental, Chomsky dialoga com o ex-presidente do Uruguai José Mujica, 85 anos, e compartilha reflexões sobre meio ambiente, pandemia, educação e outros aspectos da sociedade.
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O historiador francês Roger Chartier, 74 anos, é professor do Collège de France, em Paris, e professor visitante na Universidade da Pensilvânia (EUA), especializado em história da cultura, com destaque para a história do livro e da leitura na Europa. É autor de A história ou a leitura do tempo (Autêntica, 2009), A aventura do livro, do leitor ao navegador (Unesp, 2002), entre outras obras. Na live Pandemia, História e Cultura Escrita, Chartier conversa com Marta Colabone, historiadora, psicanalista e gerente de estudos e desenvolvimento do Sesc São Paulo sobre o atual momento e de que forma a história pode nos ajudar a compreendê-lo. O pesquisador também fala sobre as transformações das práticas culturais e o que podemos esperar daqui para frente.
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