Postado em 20/03/2020
Quando surgiu, a tecnologia da internet nos deu um caminho de aproximação: fez com que estivéssemos muito mais próximos – no tempo, mais do que no espaço – uns dos outros, nos comunicando a qualquer momento, quebrando barreiras físicas com cidades, países e mesmo fusos horários. Foi possível juntar pessoas em torno de preferências, de afinidades, de causas, de um modo muito mais simples do que era antes.
O uso das redes sociais porém, trouxe situações que não são sempre confortáveis. “Ansiosos pela próxima notícia, compartilhamos nossa privacidade em redes sociais e, de uma máquina para outra, transformamos nossa vida em um broadcast alive [transmissão ao vivo], 24 horas por dia, sete dias por semana. Nossa identidade se multiplica e nos fragmentamos sem poder desligar”. A frase é parte do documentário “Quanto Tempo o Tempo Tem” (Brasil, 2015. Dir. Adriana Dutra), é uma tradução e um desabafo de como a velocidade das coisas e do próprio tempo gera hoje tanta ansiedade e aflição.
Estamos o tempo todo recebendo informações sobre os outros e sobre o mundo e sendo constantemente afetados por isso. Nos comparando, nos cobrando e esquecendo que o que as pessoas (e mesmo as empresas, os governos e as entidades em geral) colocam para fora é só uma parte da realidade. Normalmente, a escolhida é a parte mais bonita ou mais conveniente.
FOMO
Do inglês, a palavra FOMO foi criada para tentar explicar sensações causadas pelo uso das redes sociais. O medo de estar perdendo algo, de estar por fora do que está acontecendo e que faz com que muitas pessoas não consigam ficar muito tempo sem vasculhar as timelines é descrito pela sigla “fomo”, de fear of missing out (literalmente medo de perder alguma coisa). No vídeo a seguir, Rita Von Hunty, do Canal Tempero Drag, nos ajuda a entender melhor esse conceito.
Hora de reconstruir
Nem a internet nem as redes sociais são somente ruins ou somente boas. O uso que se faz de cada ferramenta é o mais importante. O cuidado com o excesso de notícias, com as fake news e a busca por fontes confiáveis é essencial.
Em tempos de isolamento social para a contenção do coronavírus, a tecnologia pode ter um papel fundamental para a interação com o trabalho, com aqueles que amamos e, porque não, com aqueles assuntos que sempre tivemos interesse de entrar em contato, mas que, por algum motivo, não pudemos tê-lo antes. Que tal utilizar os conteúdos virtuais e convertê-los em ações analógicas?
Brincar com as crianças
Diversos canais no YouTube apresentam o passo a passo de como gastar a pilha das suas crianças em casa.
Cozinhar
Abra o armário e confira os ingredientes que podem se transformar naquela refeição gostosa. Depois, procure a receita que mais te agrada, e mão na massa!
Desenhar, pintar, bordar…
Se você tem materiais de artesanato em casa, agora é hora de começar ou finalizar aquele projeto que você tanto quer ver pronto.
Aprender uma língua
Há um montão de professores dispostos a compartilhar aulas e exercícios em suas redes sociais.
Se exercitar
Se houver autoconhecimento e bom senso, os conteúdos de atividades físicas espalhados pela internet podem nos ajudar a dar aquela esticadinha.
Cuidar das plantas
Blogs, sites e canais no YouTube ensinam a combater pragas, fazer podas e adubar de um jeito caseiro as suas plantinhas.