Postado em 27/01/2020
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Cego desde a infância, Marcos Lima teve a vida marcada pelo futebol - que o ensinou a driblar as dificuldades e o preconceito
Imagina que você é apaixonado por futebol... Aí começa a praticar o esporte e, nos jogos, a sua própria mãe pede ao treinador para que você fique no banco... Seria no mínimo estranho, né? Mas essa é a história do carioca Marcos Lima, cego desde a infância e apaixonado por futebol. Quando começou a jogar, sua mãe pedia para que ele ficasse na reserva, por medo e preocupação de que o filho se machucasse.
Indo contra todos os “nãos” recebidos, o futebol disse sim para ele; com o tempo, sua família entendeu a importância da modalidade em sua vida: o futebol o ajudou a desempenhar atividades simples do dia a dia, como até mesmo a andar na rua. Com toda sua garra, jogou na seleção brasileira até 2002 no futebol de cinco, modalidade adaptada para atletas deficientes visuais. E, apesar de uma carreira promissora como jogador, optou pela formação acadêmica e junto com amigos fundou a URECE (Esporte e Cultura para Cegos).
Por meio do contato com o esporte, Marcos pôde conhecer outros países e quando esteve na República Tcheca, tornou-se o primeiro brasileiro cego a esquiar. Viajando pelo mundo, passou a colecionar miniaturas para “enxergar” os locais que visitava através do toque.
Hoje, Marcos Lima é jornalista, palestrante e possui um canal no YouTube chamado “Histórias de Cego”, onde publica semanalmente vídeos para contar as experiências do seu cotidiano de um jeito muito leve e divertido no formato de “curiosidades”.
Em entrevista à EOnline, o ex-atleta contou que o esporte constrói pilares importantes na vida das pessoas com deficiência, sendo um deles apresentar à sociedade que elas também são capazes.
>> Se a história do youtuber despertou seu interesse, vale a pena participar do bate-papo no dia 31/01 (sexta), no Sesc Consolação.