Postado em 31/05/2019
Sesc São José dos Campos - Construção de Rádio Livre | Foto: Fabricio Masutti.
Caiu na rede
Segunda edição do programa Tecnologia e Artes em Rede foca em códigos abertos e conhecimento para todos
Compartilhar a receita de bolo da bisavó ou permitir o download de um programa de edição de vídeos são exemplos de tecnologias livres. Saberes em rede que permitem aos usuários intervirem livremente em seu funcionamento, adaptando-os a suas necessidades e dividindo resultados para que ainda mais pessoas se beneficiem. Essa é a perspectiva abordada, neste mês, pela Segunda edição do Tecnologia e Artes em Rede, programa criado pelos Espaços de Tecnologias e Artes (ETA) do Sesc São Paulo. Na programação, oficinas, cursos e outras atividades vão abordar questões como direitos autorais, design aberto, ciências de dados, hardware e software livres, inteligência coletiva e mídias livres.
“Princípios como os das tecnologias livres são fundamentais para promover o protagonismo e a autonomia dos frequentadores dos ETAs. Com toda essa revolução pela qual passou o programa, que hoje prevê inclusive o uso de alguns softwares proprietários, os públicos são estimulados a subverter os usos e consertar objetos, criar gambiarras e outros dispositivos e softwares, apropriando-se das tecnologias para colocá-las a seu favor, criando soluções que possam ser compartilhadas”, conta Rafael Munduruca, assistente na Gerência de Artes Visuais e Tecnologia do Sesc São Paulo.
A cultura digital baseada no uso de softwares livres, aliás, forneceu apoio para o programa Internet Livre do Sesc São Paulo, no início de 2000, que visava à inclusão digital. Essa ação, uma década depois, deu lugar aos Espaços de Tecnologias e Artes (ETAs), onde essas duas áreas se somaram. Juntas ganharam novo protagonismo por meio da exploração de técnicas e de ferramentas analógicas e digitais em cursos e oficinas para todos os públicos.
Rafael Munduruca, assistente na Gerência de Artes Visuais e Tecnologia
do Sesc São Paulo
DIVÃ PARA TODOS
Nos dias 27 e 28/6, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo realiza o seminário Clínica Social e Psicanálise. Durante os dois dias, serão realizadas cinco mesas de discussão. Entre elas: “A dimensão sociopolítica do sofrimento” e “A escuta como denúncia e a fala como testemunho”. Entre psicólogos, psicanalistas e pesquisadores que irão participar, estão Emiliano de Camargo David, integrante do instituto AMMA Psique e Negritude, especialista em psicopatologia, e Miriam Chnaiderman, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.
Foto: Divulgação.
MÚSICA PARA OS OLHOS
Os bastidores da música entram em cena no In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, de 12 a 23 de junho, no CineSesc. Nesta 11ª edição, mais de 50 títulos nacionais e estrangeiros serão exibidos. Entre os destaques da programação, a produção brasileira Zuza Homem de Jazz (2018), de Janaína Dalri, sobre o musicólogo Zuza Homem de Mello (foto), e o documentário estadunidense Desolation Center (2018), de Stuart Swezey, sobre o primeiro festival no deserto que inspirou o Burning, Coachella e Lollapalooza. O festival também acontece no Cine Olido, Centro Cultural São Paulo, Cinemateca Brasileira e Matilha Cultural.
Foto: Fernando Frazão - Agência Creative Commons 2.0 Brasil
A BOLA É DELAS
Neste mês, começa a Copa do Mundo Feminina de Futebol, na França, e o Sesc São Paulo entra em campo com transmissões ao vivo e outras atividades. No dia 6 de junho, prévia da partida de abertura (França x Coreia do Sul), o Sesc Bom Retiro dá o primeiro chute na bola com a atividade A Copa do Mundo É Delas. Será um bate-papo sobre valorização, participação e protagonismo feminino no futebol com Emily Lima (primeira mulher treinadora da Seleção Brasileira Feminina de Futebol), Luciana Mariano (precursora na narração de jogos na TV nacional) e Nayara Perone, criadora do Joga Miga, projeto sem fins lucrativos de aulas e treinos de futebol para garotas.
LEITURA NA LAJE
Depois de um ano de ações, sob curadoria da jornalista Jéssica Balbino, o Lá na Laje – Clube de Leitura sem Livros retoma as atividades no Sesc Pompeia neste mês. Com o tema “Resistência, substantivo feminino”, entram em discussão a resistência na literatura e a proposta de um intercâmbio entre escritoras brasileiras e escritoras negras de diferentes partes do mundo. Na roda, temas que se entrelaçam, como exploração turística, escravidão, ditaduras, violência, voz, corpos, religião, entre outros. A ideia é que, por meio desses encontros, também aconteça a difusão de novas vozes na literatura.
Foto: Pixabay.
AMÉRICA LATINA EM PAUTA
Em junho, o Sesc São Paulo realizará a Conferência Latino-Americana Preparatória para a Conferência Mundial sobre Serviço Social, Educação e Desenvolvimento Social, que acontecerá em 2020 na cidade italiana de Rimini. O objetivo desse encontro, a ser realizado no Sesc Santana, nos dias 26 e 27/6, é proporcionar uma reflexão sobre a Agenda Global da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030, centrada no desenvolvimento sustentável mediante elevados níveis de desigualdade na América Latina. Nele estarão presentes profissionais das áreas de Ciências Humanas e Sociais e representantes de vários países da América Latina.