Postado em 24/05/2019
A lista de exposições em cartaz nas unidades do Sesc é grande, com atrações para todos os gostos, da xilogravura à fotografia, passando por poesia, pela produção afro-brasileira contemporânea e por linguagens que têm sua origem na dança. Selecionamos alguns destaques para você saber mais e montar o seu roteiro de visita.
Na capital
No Sesc Guarulhos, “Xilo: Corpo e Paisagem” reúne trabalhos de 33 artistas brasileiros no campo da xilogravura. A seleção de obras compõe um recorte da produção paulistana realizada da década de 1990 até os dias atuais, e tem curadoria do pesquisador, artista e professor Claudio Mubarac.
Os dispositivos associados ao universo do vinil ganharam novas formas e funções na exposição “Lado B: O Disco de Vinil na Arte Contemporânea Brasileira”, no Sesc Belenzinho. Há instalações sonoras, pinturas, esculturas, discos conceituais, entre outras obras de mais de 30 artistas , sob a curadoria de Chico Dub.
Um panorama de artistas internacionais que foram decisivos na história da ilustração, premiados nos últimos 50 anos da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. Esse é o ponto de partida da mostra “A ilustração como porta para o mundo”, no Sesc Itaquera, que traz também uma seleção de cinco artistas brasileiros para retratar a diversidade de estilos e de narrativas visuais que marcam as principais tendências da ilustração brasileira contemporânea.
Mais de seis décadas de produção audiovisual estão em “O Tempo Mata – Imagem em Movimento na Julia Stoschek Collection”, no Sesc Avenida Paulista. As obras, de 17 artistas que trabalham com filme e vídeo, abordam temas como raça, cultura visual, identidade de gênero, circulação de imagens nos meios de comunicação e o papel dos artistas na sociedade contemporânea.
No Sesc Vila Mariana, “PretAtitude: Insurgências, emergências e afirmações na arte afro-brasileira contemporânea” apresenta um recorte da produção afro-brasileira contemporânea a partir de trabalhos de artistas consagrados e emergentes. Rosana Paulino, Laércio e Peter de Brito são alguns dos artistas que participam da exposição, com curadoria de Claudinei Roberto da Silva.
Obras, peças e experiências imaginam, inventam e reconstroem o Nordeste do Brasil, na exposição em cartaz no Sesc 24 de Maio. Seus conteúdos atravessam campos como a iconografia e a teoria social para pensar as circunstâncias históricas, sociais e culturais da invenção de uma ideia desta região do país.
Do arquivo do artista multimídia pernambucano Paulo Bruscky, considerado uma referência internacional para pesquisadores em arte contemporânea, foram reunidas obras e documentos, entre fotografias, cartazes, catálogos, livros, jornais, revistas, cartas e vídeos que compõem a exposição “História da Poesia Visual Brasileira”. Ela será inaugurada em 30 de maio, no Sesc Bom Retiro, e apresenta um recorte panorâmico da rica e diversificada produção da poesia de vanguarda brasileira. Paulo Bruscky assina a curadoria ao lado de Yuri Bruscky e Adolfo Montejo Navas.
Também pernambucano, o artista Marcelo Silveira apresenta a sua “Coleção Imaginária” no Sesc Santo Amaro. Seu trabalho tem se destacado tanto no campo da escultura quanto dos objetos apropriados, como copos, garrafas, aparelhos domésticos esvaziados de uso funcional, esferas de materiais e tamanhos diversos.
Já o olhar fotográfico de Cristiano Mascaro, que há 50 anos atua na cena paulistana, brasileira e internacional, é revelado na mostra “O que os olhos alcançam”, do Sesc Pinheiros. As afinidades do fotógrafo com a arquitetura, o espaço urbano, as pessoas e as paisagens se destacam, por meio da curadoria de Rubens Fernandes Junior.
Fotografia documental, filme de animação, instalação, desenhos, entre outras expressões do universo criativo de Augustin Rebetez, são apresentadas na exposição “Estremecer Auroras”, no Sesc Consolação, com curadoria de Adelina Von Fürstenberg. Em sua obra, o artista suíço procura, paradoxalmente, transmitir a criatividade inibida dos indivíduos dentro de uma sociedade na qual sonhos, realizações e até arte são formatados pela lógica todo-poderosa do mercado.
Instalações e vídeos que dialogam com a arquitetura do Sesc Pompeia e estimulam o público a colocar o corpo em movimento, por meio de instruções escritas e faladas. Este é o contexto da exposição “William Forsythe: objetos coreográficos”, com o trabalho de um dos mais inventivos coreógrafos em atuação, que extrapola os palcos.
E, na mesma unidade, árvores, remos de madeira, cordas, cipós, água doce e salgada, correntes, folhas, pedras e cobre compõem instalações imersivas de Afonso Tostes que acolhem o público das Oficinas de Criatividade.
No interior
Brinquedos, palavras, sons e poesias que atravessaram o Atlântico são o destaque da exposição “Perambular”, no Sesc Jundiaí. A partir da pesquisa dos escritores Selma Maria e José Santos é possível reconhecer aproximações e diferenças poéticas nas geografias atlânticas, brasileiras e lusitanas.
Outros objetos que costumam se perder em travessias, como papeis de bala, santinhos e rótulos estão reunidos na exposição “Papeis efêmeros”, do Sesc Piracicaba. São cerca de 500 peças gráficas que contam um pouco da história dos impressos, com curadoria de Chico Homem de Melo e Solange Ferraz de Lima.
Em “Arte-Veículo”, no Sesc Santos, são apresentados trabalhos de 40 artistas e grupos estudados na pesquisa da curadora Ana Maria Maia. A proposta discute a relação entre os veículos de comunicação e os artistas. A nova produção contemporânea de fotografia e de vídeo que tematiza questões sociais brasileiras é apresentada na mostra “Corpo a corpo”, no Sesc Araraquara, realizada em parceria com o Instituto Moreira Salles.
Outras itinerâncias também passam pelo interior: um recorte da 33ª Bienal de São Paulo Afinidades Afetivas, no Sesc Campinas; “Palavras Cruzadas: lugares de fala contemporâneos”, no Sesc Sorocaba, “Atravessamentos: Fotoativa ontem e hoje”, no Sesc Ribeirão Preto; e “Vkhutemas: O Futuro em Construção”, no Sesc Rio Preto. Esta última apresenta a história, as criações e os pensamentos da instituição universitária que foi um marco das artes e do design enraizado no espírito e nos anseios da Revolução Russa de 1917.
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