Postado em 22/03/2019
Rio de Janeiro, sol, praia... mar, o Corcovado, uma batida e um violão! No fim da década de 1950, o Brasil vivia um período de luzes: Juscelino Kubitschek era o Presidente, a Seleção Brasileira de Futebol havia conquistado sua primeira Copa do Mundo e Brasília deixava de ser um sonho; era o país dos 50 anos em 5. Como não podia deixar de ser, essa onda de prosperidade teve reflexo direto nas artes e nas manifestações culturais do período.
Músicos, compositores e arranjadores convergiram para a Guanabara atrás de uma recém-formada cena que experimentava com a mistura do samba-canção e do jazz. Nascia assim a Bossa Nova, que rapidamente tomou conta das vitrolas nos apartamentos dos bairros de classe média carioca. A contraparte dessa bossa de banquinho e violão podia ser encontrada nos bares do Beco das Garrafas, uma travessa no bairro da Copacabana cujas apresentações traziam o sabor da improvisação jazzística ao samba sincopado. Foi daí que saiu boa parte dos grupos e músicos presentes nesta playlist, como Tenório Jr., Sérgio Mendes e Edison Machado.
Além deles, a seleta relembra os encontros entre os estadunidenses Stan Getz e Charlie Byrd e os brasileiros João Gilberto, Astrud Gilberto, Luiz Bonfá e Antônio Carlos Jobim. Parcerias que renderam discos e a expansão do gênero no mercado fonográfico norte-americano.
Mesmo com o declínio da Bossa Nova em meados dos anos 60, a fusão entre jazz e samba seguiu forte. Foi apropriada de outras maneiras pelos músicos e até hoje faz parte de repertórios de trios, quartetos, quintetos e big bands.
Sente na sua cadeira preferida, imagine-se de frente para o mar e aumente o som!
--
Você pode escolher onde escutar: a mesma playlist está disponível no Spotify, no Deezer e agora também na Apple Music: