Postado em 23/01/2019
"Não temos condições de responder a todos"
Foi assim que o editor da fanzine “Crude Reality” explicou aos seus leitores que não tava dando conta do volume de cartas recebidas no final dos anos 80 e início dos anos 90. Nessa época a comunicação e a divulgação de bandas e ideias, principalmente do movimento punk rock, eram feitas basicamente por fanzines e cartas.
Neste dia 24, o Sesc Consolação abre a exposição Não temos condições de responder a todos, com itens do acervo pessoal de daqueles que figuravam nos palcos e bastidores desta época. São fitas K7, discos de vinil, cartazes de shows, entrevistas, cartas, fotografias da época e outros objetos relevantes da contracultura que resgatam a memória de um tempo em que ser conhecido não tinha nenhuma relação com curtidas e seguidores virtuais.
O curador da mostra Alexandre Cruz “Sesper” trouxe um pouco deste acervo para a playlist Paulera!, numa compilação do que era procurado por vinil e tape traders no final dos anos 80. Bandas inglesas como Ripcord, Heresy ou Stupids que assumiam a influencia do Hardcore positivo americano das cidades como Boston e Washington DC, bandas americanas que ficavam realmente conhecidas porque integrantes de bandas de metal usavam suas camisetas em shows, como Cryptic Slaughter, The Accused e Excel. Do Brasil, figuram na lista discos clássicos do punk hardcore nacional como Cólera, Lobotomia e Ratos de Porão.
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