Postado em 22/01/2019
O envelhecimento prisional, a vulnerabilidade, as condições para resolução dos problemas, entre tantas outras colocações na valiosa dissertação de Marina Portella Ghiggi, me fez pensar que a melhor forma de contribuir, seria através da EMPATIA com o ser humano que está distante, neste tão triste contexto, real em nossa sociedade.
Percebi que desta forma poderia retratar com dignidade e sem preconceitos uma condição tão dramática. Desenhar como se estivesse no lugar de um detento idoso. A técnica escolhida foi o nanquim, preto sobre o branco. Os desenhos são pequenos, os traços, vistos de perto, são tortuosos. As cores vieram depois, como a luz da consciência.
Um relógio sem ponteiros, a liberdade de pensamento, reflexões sobre o futuro, a solidão em face a própria sombra, a subida por uma escada sem saída aparente e a conclusão sobre a vida. E, porque não, o idoso encarcerado sorrindo, com serenidade e esperança interior, mesmo que confinado?
Veja aqui as ilustrações que Ricardo Cammarota fez para o artigo de capa da revista.
Não viu o artigo ainda? Então clique aqui e leia o que a Mariana Portella Ghiggi escreveu sobre envelhecimento e cárcere.