Postado em 04/01/2019
O chamado "senso comum" reproduz, por vezes, noções que guardam pouca ou nenhuma semelhança com a realidade. A ideia, por exemplo, de que artistas em geral – e especialmente artistas visuais – são figuras de improvável acesso, com as quais pessoas que não estão exatamente inseridas no mundo das artes dificilmente poderiam travar diálogo é uma dessas percepções que cai por terra assim que começamos a conversar, por exemplo, com alguém como Julio Villani.
Julio nasceu em 1956, na cidade de Marília, no interior de São Paulo. Suas brincadeiras de criança e um olhar atento, desde muito cedo, para as formas do mundo à sua volta foram forjando a trajetória do artista, que estudou Artes Plásticas na FAAP e complementou sua formação em Londres e depois em Paris, sua residência desde 1982.
Villani já teve suas pinturas, esculturas e colagens expostas em mostras indiviuais e coletivas em diversos países e diferentes unidades do Sesc São Paulo. A coleção permanente da instituição, o Acervo Sesc de Arte Brasileira, conta com algumas de suas obras. Dentre elas, as esculturas "Coração" (2002) e "Sonhador" (2002), ambas instaladas há muitos anos no jardim do Sesc Itaquera.
Aproveitamos a recente visita do artista ao Brasil, no final do ano passado, para realizar uma entrevista diferente, pautada inteiramente por perguntas do público frequentador da unidade que fica na zona leste da capital. Julio Villani recebeu a equipe da EOnline e, com grande interesse, respondeu às indagações de quem convive, às vezes diariamente, com algumas de suas esculturas. Confira no vídeo: