Postado em 12/11/2018
Estamos acostumados a apostar na beleza como fórmula do sucesso e na magreza como caminho para ter mais autoestima e felicidade. Quantas pessoas hoje perdem tempo e se desgastam emocionalmente em busca do "corpo perfeito"? Aquele que vemos em capas de revistas, em redes sociais e que, na maioria das vezes, estão tão cheios de retoques que distorcem a realidade e criam uma imagem que nem existe de fato.
Só que tudo isso influencia diretamente a maneira como nos olhamos no espelho. Observamos nosso reflexo comparando com o corpo que passamos horas nas redes sociais admirando. Não aceitamos o nosso corpo como bonito, porque está longe dos padrões irreais de beleza. Cada vez mais os jovens estão insatisfeitos com seus corpos. Cada vez mais o mundo nos promete a pele lisa que só existem nos aplicativos de filtros de imagem.
Não que iremos acordar todos os dias nos achando lindas, e sendo felizes com tudo que vemos no espelho. Mas um olhar mais carinhoso com o corpo pode acabar com a ansiedade e desgaste dessa busca interminável. Sempre vai existir algo a mais para se fazer, algum tratamento mais novo, alguma novidade que garante mais juventude... como se estar velho fosse inaceitável, ter um corpo modificado pós-parto fosse feio, ou estar com suas dobrinhas na barriga te tirasse da roda da felicidade. O corpo perfeito pode até existir, mas não significa que a felicidade mora nele.
Nilessa Tait é jornalista formada pela Universidade do Oeste Paulista, em Presidente Prudente, local em que nasceu. Começou a trabalhar em TV em 2004 no Mato Grosso na afiliada Globo. Trabalhou na TV TEM de Bauru e há seis anos está na bancada do Tem Notícias primeira edição de São José do Rio Preto. Desde fevereiro deste ano mantém um quadro no Bem Estar, programa da manhã da Rede Globo.Todas as segundas feiras, o quadro é o Bem na Fita, que fala sobre aceitação do corpo.
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