Postado em 08/11/2018
“Ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força (...). Constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.
A definição acima é para a palavra violência e tem como fonte o dicionário Houaiss. Aqui, especificamente, falaremos sobre a violência contra a mulher. Infelizmente, os atentados e desrespeitos (de todos os tipos) contra a mulher ainda são inúmeros e falar sobre o assunto é, para as vítimas, doloroso e até motivo de vergonha.
De uma aparentemente "simples censura" ao modo como ela se veste, passando por diferenças salariais entre gêneros e chegando ao feminicídio, a violência contra a mulher tem especificidades e muitas vezes acaba neutralizada pelo pensamento patriarcal e comportamento de uma sociedade que ainda inferioriza seus direitos, vontades e sua existência diante do homem.
Dentro ou fora de suas casas, por familiares ou por desconhecidos, todos os dias mulheres são violentadas, em diversos níveis. Algumas aceitam caladas, sem ver saída ou sem perceber a gravidade daquilo a que são submetidas; e há também as que não se cansam de lutar e de incentivar outras a acreditarem em novas possibilidades e justiça.
Essa luta é o que move a campanha nacional 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Derivada da campanha mundial chamada 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, que ocorre entre 25 de novembro (Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos), a ação brasileira começa em 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra, para especial atenção às mulheres negras) e segue também até 10 de dezembro.
A campanha internacional foi iniciada em 1991, durante o primeiro encontro do Women’s Global Leadership Institute, ocorrido na Rutgers University - Universidade Estadual de Nova Jérsei, nos EUA. No Brasil, é realizada desde 2003. O período abrange ainda o Dia da Mobilização de Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher (6 de dezembro). O objetivo desta mobilização anual é conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra as mulheres e meninas em todo o mundo, além de propor medidas de prevenção e combate à esse tipo de violência.
Ações relacionadas ao período são realizadas por segmentos da sociedade civil e do poder público. O Sesc Birigui criou uma programação, chamada "Dona de mim", com uma série de atividades que contemplam a cultura, a arte, a legislação e a voz das mulheres, por meio de espetáculos de música, circo e teatro, palestras, rodas de conversa, exibição de documentário seguida de bate-papo, e também cursos e oficinas.
Além da programação no Sesc Birigui, um conteúdo digital foi preparado para expandir o tema e possibilitar a escuta de relatos das mais variadas formas de violência sofridas por mulheres. São 21 relatos reais recebidos de mulheres de várias idades, classes sociais e formações que reforçam a importância de ações que dão visibilidade a este problema sócio-cultural brasileiro. Web docs e a produção de curta-metragens completam a programação digital que vem somar às atividades.
A programação é voltada não só ao público feminino, mas também aos homens, já que a sensibilização e o conhecimento sobre o tema é necessidade de todos. Combater a violência contra a mulher é uma responsabilidade e uma obrigação da sociedade.
Clique aqui e confira a programação completa.