A menina Lina e sua capivara aventureira, Tiê, viajam pelo mundo conhecendo espaços públicos cheios de diversão e histórias no livro Casacadabra: cidades para brincar. O livro da Pistache Editorial será lançado no Sesc Avenida Paulista no dia 11 de novembro, domingo, das 12h às 16h, e terá uma atividade para as crianças a partir das 14h.
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Um dos lugares visitados pela dupla é a Avenida Paulista, em São Paulo. Aproveitamos para descobrir com elas dez curiosidades sobre a avenida:
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1. A Paulista foi inaugurada dia 8 de dezembro de 1891, e nasceu como a mais larga da cidade – foi também a primeira avenida com calçamento e arborização de São Paulo. Por aqui passavam cavaleiros, carruagens e bondes puxados a burro. Tinha corridas de charretes e carnavais de rua.
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2. Espigão é como se chama o trecho mais alto de um morro. Foi no espigão do então morro de Caaguassu (que em tupi significa mata virgem) que o uruguaio Joaquim Eugênio de Lima projetou a avenida Paulista. As estações de TV e de rádio aproveitam a posição alta da avenida para instalar suas antenas aqui.
3. O fato de a avenida Paulista estar em um espigão faz com que todas as ruas que cortam esta avenida sempre desçam, até chegarem ao vale do rio Pinheiros, de um lado, e ao do rio Tietê, do outro.
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4. O prédio de pernas vermelhas é o Masp, um museu projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi. O edifício é elevado do solo, criando uma grande praça com sombra, que ao fundo funciona como um mirante para a avenida 9 de Julho e o Centro da cidade.
5. A ideia de preservar a vista, aliás, foi resgatada de um mirante que existia no mesmo terreno onde hoje é o Masp, e que foi inaugurado em 1916 com muita pompa e circunstância. Projetado pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, o mirante proporcionava vistas para o vale do rio Saracura, atualmente coberto pela avenida 9 de Julho. Era ponto turístico e local de encontro da alta sociedade paulistana. Parte desse projeto ainda existe sobre o túnel 9 de Julho – abandonado por décadas, foi reinaugurado em 2016 e abriga uma cafeteria e eventos culturais.
6. A corrida de São Silvestre começa na Paulista todos os dias 31 de dezembro, marcando o fim do ano. As pessoas correm pelas ruas da cidade por 15 quilômetros e voltam para cá. Vem gente de todo o mundo correr aqui, e sempre tem um bloco dos fantasiados para comemorar o ano novo. A primeira corrida de São Silvestre foi promovida pelo jornalista Casper Líbero em 1924.
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7. O edifício do Conjunto Nacional foi pensado para ser uma cidade dentro da cidade, pois abriga de tudo um pouco: comércios, edifícios de escritórios e residências. Começou a ser construído em 1952, quando os antigos casarões da avenida passaram a dar lugar a prédios. No térreo há uma galeria com livraria, lojas e cinema – e como o edifício ocupa toda a quadra, é possível cortar caminho e cruzar de uma rua a outra por dentro dele, passeando pela galeria.
8. A avenida é aberta aos pedestres todos os domingos desde 2015. A ideia começou em 2005, quando abriam-se apenas trechos da avenida para o lazer, mas logo em seguida a proposta foi abandonada. Em 2014, a ideia voltou com o nome de Paulista Aberta – desta vez, abrindo toda a avenida ao lazer alguns domingos do mês. Em 2015 passou a ser todos os domingos, até que, em 2016, o sucesso foi tanto que virou decreto e um programa oficial da cidade.
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9. Na época da inauguração da Avenida Paulista, havia 65 mil habitantes em toda a cidade. Hoje, só na avenida passam um milhão e meio de pessoas por dia.
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10. O edifício do Instituto Moreira Salles (à esquerda) e o do Sesc Avenida Paulista (à direita) são os mais recentes inaugurados aqui – e recebem centros culturais importantes. Cada um fica em uma ponta da avenida, e foram projetados por arquitetos famosos. O IMS foi desenhado pelo escritório Andrade Morettin, e o Sesc Avenida Paulista pelo Königsberger Vannucchi.
11. A ciclovia da avenida Paulista é bem recente: foi construída em 2015, depois de muitos pedidos dos ciclistas. Hoje, a avenida possui espaço para diversas formas de se locomover: a pé, de bicicleta, de ônibus, carro e de metrô.
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Textos: Bianca Antunes e Simone Sayegh | Ilustrações: Luísa Amoroso.