Postado em 06/09/2018
Seja no palco da Comedoria ou no do Teatro, o Sesc Pompeia é cenário de inúmeros lançamentos importantes no universo musical. No Plataforma, são realizadas apresentações inéditas de shows, álbuns e DVDs. “Não tem preço tocar no palco por onde passaram os maiores nomes da música brasileira e do mundo”, diz Oming One, do Mental Abstrato, uma das seis bandas que se apresentam neste mês. Ficou curioso? Conheça o trabalho de cada um deles!
Mental Abstrato
“Somos cria do Hip Hop, que sempre será nossa maior referência, aliado ao Jazz”, conta Omig One, músico e produtor da Mental Abstrato, junto com Calmão Tranquis e Guimas Santos. O trio une os dois gêneros musicais e traz suas vivências dentro da cultura urbana e suburbana de São Paulo à tona em suas músicas – o que transborda no novo álbum. “Esteticamente fica claro que se trata de um trabalho de música preta contemporânea”, explica Oming One.
“Uzoma”, segundo disco do grupo que nasce oito anos depois do seu último trabalho, passeia pelo hip-hop, samba jazz, neo soul, broken beat e sons ancestrais de matriz africana.
Para estrear o novo projeto, o grupo escolheu a Comedoria do Sesc Pompeia e prepara um show com inúmeras participações especiais, além de uma Big Band que junta instrumentistas da nova cena musical de São Paulo.
Isca de Polícia
“É impossível conceber um lançamento que não seja no Sesc Pompeia, um espaço que desde sempre acolhe a música alternativa”, explica Lívia Imperio, produtora da Isca de Polícia.
Foi nos palcos da unidade que o grupo estreou, em 2017, o primeiro volume do álbum “Isca de Polícia”. Nos dias 8 e 9 deste mês, sobe ao mesmo palco para lançar o Volume 2.
Depois da morte de Itamar Assumpção, criador da banda, o grupo ficou um longo período se apresentando apenas com composições do artista. “Percebemos que a banda tinha que continuar produzindo,” conta Imperio. Assim, surgiu o Volume 1, que contou com diversas parcerias e acabou rendendo em um segundo volume.
Rodrigo Campos
O absurdo, o jogo da vida, o homem, a clareza, a dor, o amor, as bandeiras, a mulher e o envelhecimento. Esses são os nove assuntos que Rodrigo Campos aborda em seu quarto álbum solo, “9Sambas”. Para o artista, esses são os nove temas pelos quais o samba caminha, “os nove arquétipos do samba”, considera Campos.
“9Sambas” é o aprimoramento da primeira experiência de trabalho solo do artista, quando em 2005 ele tentou realizar um álbum voltado exclusivamente para o samba, mas que não foi para frente. Treze anos depois, Rodrigo Campos retoma o projeto e o realiza com a maestria que a maturidade de sua carreira permitiu. Na noite de 15 de setembro, o músico apresenta pela primeira vez seu álbum na íntegra, mergulhando o Teatro do Sesc Pompeia nas temáticas e melodias do samba.
Edgar
O rapper Edgar começou sua carreira em 2010, mas desde sua participação na música Exu nas Escolas, de Elza Soares, suas rimas ácidas encontraram um público mais amplo. Ele traz sua essência crítica em seu novo álbum “Ultrassom”, produzido por Pupilo Oliveira, da banda Nação Zumbi.
Edgar é conhecido por explorar o poder imagético e visual de suas apresentações, que costumam contar com recursos multimídias e sensoriais. Outra ponto que chama a atenção no jovem são os figurinos e personagens que ele cria para seus shows. O rapper afirma trabalhar com rap experimental e é essa essência que ele traz para o público da Comedoria, no dia 15 de setembro.
E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante
A banda E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante surgiu em 2003 e conquistou destaque no cenário do rock indie e alternativo brasileiro. No dia 14 de setembro, eles lançam seu primeiro álbum, ”Fundação”, nas plataformas online e, no dia 20, apresentam as faixas inéditas na Comedoria. “Iremos tocar todas as músicas do novo disco, algo que dificilmente voltará a acontecer”, contam os integrantes da banda.
A escolha pelo Sesc Pompeia ocorreu pela importância do local para a banda. Foi nos tijolos da unidade que foram feitas as primeiras fotos do grupo e também foi nos palcos do Pompeia que eles realizaram seu primeiro grande show com lotação máxima.
Mahmundi
Mahmundi é uma cantora e multi-instrumentista que surgiu na internet. Seu trabalho é marcado por sintetizadores e por ritmos eletrônicos. Em seu quarto trabalho – o primeira a ser lançado por uma grande gravador, a Universal Music – a artista explora novos gêneros musicais, que vão desde o reggae e o charme até a bossa nova e o afrobeat. "Para dias ruins" tem letras que abordam sentimentos com leveza, trazendo uma roupagem sonora diferente para cada música. No noite do dia 21 de setembro, sua voz melódica e as notas de seus instrumentos ecoam pela Comedoria.