Postado em 21/06/2018
“Precisamos ter relações sociais positivas. Aprender a nos cuidar para cuidar dos outros”
A geriatra Karla Giacomin fez o encerramento das atividades da Campanha de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa no Sesc Consolação e falou sobre preconceitos e discriminação nas diversas velhices brasileiras.
“Em um país sem memória, que valoriza somente o que é novo, ninguém quer ser, parecer ou reconhecer que esta velho”, argumenta Karla.
Esse preconceito com a velhice pode privar pessoas idosas de cuidados adequados. Por isso é fundamental reconhecer o problema e sensibilizar os idosos, familiares e profissionais de saúde a respeito dos disfarces e das consequências de suas atitudes no cuidado.
Falou também sobre eufemismos incorporados a cultura brasileira, para suavizar palavras e expressões que entendem como “duras”, por exemplo:
• Velho não, idoso!
• Idoso de espírito jovem
• Terceira idade, melhor idade e maior idade
• Infantilização: vozinho, vozinha, meus idosos, minhas meninas, velhinha, velhinho, mocinhas de ontem...
A partir do momento em que nascemos já estamos envelhecendo, e isso é um acontecimento natural que deve ser aceito e respeitado por cada um de nós como apenas fases da vida.
Segundo dados do IBGE em 30 anos de cada 4 brasileiros 1 será idoso no Brasil. Além da aceitação, Dra. Karla diz que é fundamental que as pessoas procurem envelhecer bem, compartilhando saberes, construindo relações solidárias e trocando ideias de convívio intergeracional, tendo a chance da troca com o outro sempre.
Esta Campanha faz parte do Programa Trabalho Social com Idosos do Sesc São Paulo, que por meio de atividades socioculturais e educativas, voltadas ao cidadão acima de 60 anos, busca promover, principalmente, a sociabilização, a reflexão sobre o envelhecimento, o desenvolvimento de novas habilidades e a integração com as demais gerações.