Postado em 18/06/2018
Caros leitores, vocês perceberão que nas próximas linhas serei extremamente bem-sucedido em profanar todo e qualquer formato, regra e estilo utilizado para um artigo acadêmico. Perceberão que entre algumas formas de manifestar minha arte, a escrita é a última do ranking.
Talvez esse ensaio soe mais como uma amadora autobiografia.
Meu processo artístico começou bem despretensiosamente. Muito cedo.
Talvez fosse mais uma busca por identidade do que uma real consciência artística. Desde os primeiros anos, a forma de manifestação artística escolhida foi o desenho. Grafite, canetinhas e folhas de sulfite deram margem às primeiras expressões.
Copiar trechos de revistas em quadrinhos já me traziam vislumbres de qual seria a minha escolha profissional. Nas viagens a trabalho, meu pai me levava junto. Ele era vendedor e viajava para diversas cidades do interior de São Paulo para visitar clientes. Enquanto realizava as visitas, eu ficava no carro esperando e copiando as revistas em quadrinhos.
Eu ainda tinha pouca ideia do rumo a que esses desenhos me levariam, mas
aos poucos o amor pela arte foi se formando e a certeza do que eu gostaria de fazer profissionalmente. Publicidade. O começo do amor pela música, outra forma artística que eu manifestaria mais pra frente, veio através
das fitas K7 que eu ouvia também nessas viagens. Entre Chico Buarque, Tim Maia, João Nogueira, eu rabiscava minhas ilustrações numa prancheta com sulfite.
No Natal deste ano, pensei em pedir uma prancheta profissional de desenho, mas como eu sabia que era caro e isso esfolaria meu pai, pedi uma fita K7 – Aquarela, do Toquinho.
Demorou alguns anos, mas a prancheta veio em um Natal posterior.
(...)
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