Postado em 18/06/2018
Eu sou apenas uma, mas ainda sou uma. Não posso fazer tudo, mas
ainda posso fazer algo; e, não é porque não posso fazer tudo, que me recusarei
a fazer algo que posso fazer. (Helen Keller, 1880 - 1968)
Foi então que busquei uma passagem secreta nesse beco sem saída que é
tornar-se ou nascer com deficiência no Brasil. E essa passagem secreta chama-
se Arte. (Billy Saga, 1977 -)
No campo cultural, nos debates, nos cursos e nas rodas de conversa sobre o tema da inclusão das pessoas com deficiências, nos processos de criação
e elaboração de projetos que envolvam direta ou indiretamente esse segmento, é recorrente a expectativa por um cenário no qual necessidades
mais prementes já estejam superadas, um tempo no qual ações inclusivas encontrem-se interiorizadas.
Essa utopia vislumbra um futuro no qual o convívio social se apoie em experiências de diálogos constantes sobre as diferenças e conflitos humanos,
onde são garantidas oportunidades equânimes, e em relações tecidas por laços de respeito e solidariedade.
Na construção desse processo, entende-se a cidadania pelas especificidades, não mais para estas pessoas, mas para todos, abrindo-se para as
mais diversas perspectivas de ver e viver o mundo, concebendo de forma ampla e irrestrita a condição humana.
Antes, era comum abordar a questão em termos de ausências, de obstáculos, de dificuldades. As transformações positivas resultantes das conquistas
sociais possibilitaram abranger novos aspectos sobre a condição da deficiência, para além do campo técnico e médico.
Ampliaram-se, assim, os repertórios, com a constituição de marcos teóricos e ações pela participação plena que trouxeram novos referenciais e
práticas relacionadas às pessoas com deficiência, e transformaram a maneira como se passou a fazer e a pensar tais questões no campo cultural.
(…)
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