Postado em 12/06/2018
Nos primórdios, quando ainda nem tinha nome artístico, o cantor ouviu: "Vai ficar Tom Zé: Tom é sofisticado e Zé é sua cara."
Tom Zé é a cara do imigrante nordestino, da miscigenação e do caldeirão que é a cidade de São Paulo. Em 1968, o artista natural de Irará, Bahia, retribuiu o acolhimento da metrópole com São Paulo Meu Amor, e arrebatou o Festival da Record (competição de MPB que revelava novas vozes brasileiras).
Na mesma época, também foi arrebatado por Neusa, o amor que a cidade lhe trouxe e já dura 50 anos.
Experimentador, não tem medo de testar os sons das coisas: todo objeto, afinal, tem seu som por natureza. "Se você começa a cuidar desse som de maneira que ele possa fazer alguma coisa diferente, com um aspecto de cantabilidade, ele pode estar no palco. Ele ganha a qualidade de artista." Mas tudo isso Tom Zé leva como uma brincadeira. Tanto os instrumentos quanto sua performance.
Em passagem pelo Sesc Bom Retiro, o cantor mostrou que está mais ativo, afiado e brincalhão do que nunca. Assista à entrevista: