Postado em 24/05/2018
André Parente, artista e teórico do cinema e das novas mídias, foi nossa companhia em um tour pela exposição Figuras na Paisagem, em cartaz no Sesc Sorocaba. A mostra é composta por três obras do artista: “Circuladô”, “A Bela e a Fera” e “O Vento Sopra Onde Quer”.
Na obra “Circuladô”, são usadas imagens de arquivo de cinema em que os personagens, que rodopiam no seu próprio eixo, vivem situações limites: a morte de Corisco do filme de Glauber Rocha Deus e o Diabo na terra do sol (1964); o transe de um praticante de surf do documentário de Bill Morrison Decasia. The State of Decay (2002); o delírio de Édipo no filme Édipo Rei (1967), de Pier Paolo Pasolini.
Na instalação “O Vento Sopra Onde Quer”, os temas que estão envolvidos nos gestos das mãos são típicos no cinema do cineasta Robert Bresson, de onde os planos de mãos foram retirados. Foram usados 11 filmes de Bresson, que renderam mais de 40 minutos de planos de mão e refletem a assinatura do cineasta, que tem a ver com a questão da determinação espiritual dos personagens dos filmes dele.
E, por último, em “A Bela e a Fera”, o público vai encontrar uma instalação composta de uma televisão e um colchão, onde é projetado o corpo de alguém que viveu muitas experiências, parte delas são mostradas na televisão. A proposta é retratar não só conceitos científicos, mas também o fervor e fúria coletiva desencadeados pelas imagens de manifestação exibidas na TV.
Comece agora sua viagem por esta aventura audiovisual sob os olhos de quem a concebeu:
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