Postado em 25/11/2017
O tempo, ser implacável com aqueles que não sabem usufrui-lo.
Vivemos para cumprir prazos, para atingir etapas e o que nos sobra desse período?
“A gente está aqui desde que horas?”
Ouvi esta frase pelo menos duas vezes hoje, não é algo muito comum de se ouvir atualmente. Mas entendi e despertei naquele instante.
Olho para o lado e índios adentram o espaço, isso enquanto acontecia uma intervenção, uma oficina, encontros e reencontros nos andares de cima.
Muita coisa acontece, naquele momento que você para e repara que você que comanda e não o tempo que manda.
Agora eu que mando! E entre um jogo de futebol, um de vôlei, de basquete, deito na rede e sou acolhido por… palhaços!?
A nuvem que me abrigava do sol biriguiense resolve passar mais rápido que os ponteiros do meu relógio - se eu os tivesse, faz tempo que entrei na Era Digital.
Talvez seja por isso que meu tempo encolheu?
Falando nisso, chego em um andar para se perder em meio a ideias, pensamentos e soluções, em tecnologias, artes e livros.
Estou aqui desde que horas?
Sentado, hipnotizado, quem me comanda é a pulsação da voz, o movimento das notas no ar do teatro. Nada mais importa naquele momento. Aproveito, curto, reflito e sinto.
9.525 m² de sensações. Subi escadas, desci escadas e rampas. Sem tirar o olho do que acontecia.
Pelas frestas dava para ver o lado de fora e o lado de dentro. Dentro de mim.
O que nos é diferente, nos altera, o tempo nos transforma, e cabe a nós aproveitarmos para o bem.
Que seja o primeiro dia de muitos. Onde diferenças unidas em diferentes espaços, tornaram-se uma só, Unidade.
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Danilo Lima
Editor Web do Sesc Araraquara, que visitou o Sesc Birigui no dia de sua inauguração