Postado em 24/10/2017
A 41ª edição da Mostra Internacional de Cinema vai até 1º de novembro em São Paulo e o CineSesc exibe, durante o período, 85 filmes dos mais variados diretores e uma seleção que aborda a questão dos refugiados em todo o mundo, além da participação de 21 filmes dirigidos por mulheres. Acontecerá ainda a repescagem do dia 02 a 08 de novembro, com a possibilidade de rever alguns filmes que foram exibidos.
Dentro da programação ainda acontecem debates acerca dos filmes e suas repercussões na sociedade, homenagens e premiações a grandes diretores, como o francês Paul Vecchiali (que receberá o prêmio Leon Cakoff) e a belga Agnès Varda.
A Mostra também traz nesta edição até o dia 01 de novembro, pela primeira vez, uma programação de 19 curtas-metragens em realidade virtual que apresentam os primeiros passos desse novo caminho - e serão exibidos exclusivamente no CineSesc.
(Espaço Realidade Virtual – CineSesc)
Narradas por meio de uma proximidade imersiva até então impossível aos filmes, as obras selecionadas trabalham temas que vão desde conflitos desconhecidos na África e tragédias ambientais no Brasil até revelações pessoais e realidades prisionais e sociais.
No caso da realidade virtual, o espectador está inteiramente cercado pelo mundo narrativo - o que gera um desafio ainda maior nas filmagens, já que câmeras e operadores precisam se disfarçar em meio ao cenário, para que não sejam identificados durante a própria história. A imersão provocada faz com que a empatia ao que acontece seja potencializada, de forma que o espectador sinta-se mais próximo aos personagens e seus sentimentos. Não por acaso, muitos se referem à Realidade Virtual como "fornecedor de experiências."
Ricardo Laganaro, diretor de vários filmes em Realidade Virtual, incluindo “Step to the line”, que está presente na 41ª Mostra Internacional de Cinema, relata as novas dificuldades dessa tecnologia:
“No cinema tradicional você tem uma tela te separando e assiste a aquele conteúdo, na realidade virtual você tá dentro da história, tem que escolher pra onde vai olhar, na tela de cinema sempre olhamos para o mesmo lado, então tem algumas coisas que temos que desaprender do cinema, perdemos alguns controles, de outra forma a gente tem que ser muito melhor contador de história para fazer a pessoa se envolver com o que vai fazer, de fato, ela se emocionar, senão, ela fica perdida naquele mundo e não sente nada.
A realidade virtual é uma nova opção que vem somar às possibilidades dos autores para contar histórias, no fim das contas, o que importa é a historia, independente da plataforma.”
Joyce M. N. Ogasavara (foto), assistiu a Sessão Imersão também em realidade virtual, que tem como objetivo trazer emoções nunca sentidas pela pessoa. “Gostei muito do “Note on Blindness” (filme que relata o 'mundo além da visão' que alguém com deficiência visual possui), o filme vai narrando o que você vai observando, pessoas na direita correndo, algumas luzes vagando, sensações, deu pra imergir e esquecer que estava no filme, parecia realidade, bem impressionante, imersão bem grande.” Ao assistir o filme, ele trazia diversas sensações: “Senti um pouco da agonia com o passar do tempo, não consegui ver as coisas, ver luzes, no final tem uma parte de chuva que tive a certeza que iria me molhar!” brinca Joyce.
Além do CineSesc, outras Unidades do Sesc recebem a programação da 41ª edição da Mostra Internacional de Cinema; são elas: Belenzinho, Campo Limpo e Osasco. Para conhecer a programação completa, clique aqui.
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