Postado em 30/08/2017
Estreias nacionais e internacionais marcam a programação da 10ª edição da Bienal Sesc de Dança, que ainda abrange exposições, oficinas e mesas de discussão
Foto: Alex au pays des poubelle | Foto: Charlotte Sampermans
A unidade do Sesc Campinas apresenta um panorama da dança no Brasil e no mundo na 10ª edição da Bienal Sesc de Dança, entre os dias 14 e 24 de setembro. A curadoria selecionou artistas, grupos e espetáculos que apresentam as diferentes escolhas estéticas e motivações temáticas dessa linguagem artística na contemporaneidade, do micromovimento às explosões coreográficas. Durante 11 dias, serão mais de 80 apresentações de companhias de sete estados brasileiros (BA, MG, PI, PR, RJ, SC, SP) e de representantes da Argentina, Bélgica, Burkina Faso, Chile, Itália, Japão e Uruguai.
“Toda a programação do festival carrega a expectativa do encontro com o público, que, ao entrar em contato com as obras, construirá a sua própria memória. É nesse sentido que esperamos que essa bienal proporcione um espaço para encontros, reflexões, provocações e diálogos”, enfatiza Fabrício Floro e Silva, técnico de dança do Sesc Campinas e um dos curadores do festival, ao lado de Cláudia Garcia, Wagner Schwartz e Claudia Müller.
Ao todo serão oito estreias nacionais e três mundiais. Entre as internacionais está Du Désir d’Horizons, de Burkina Faso, que em português seria algo como Do Desejo de Horizontes. Dirigido pelo coreógrafo Salia Sanou, o espetáculo teve como referência ateliês de dança ministrados em campos de refugiados africanos. Do Brasil, Fio do Meio é uma montagem em construção do carioca Paulo Emilio Azevedo e sua Cia. Gente, com coprodução do Sesc São Paulo. Tendo a rua como palco e percurso de experimentação, o grupo vai lidar com o “inusitado” – uma aposta da bienal de assumir, com os artistas, os riscos de uma estreia num espaço público.
Além das apresentações, a programação engloba intervenções, performances, exposições e instalações. Também serão realizadas atividades formativas, como mesas de discussão, lançamentos de livros, residências de criação e pesquisa, oficinas e workshops.
Fabrício Floro e Silva, técnico de dança do
Sesc Campinas e um dos curadores da Bienal
Imagens: Gustavo Faria
De 2 a 10 de setembro, o Sesc Itaquera recebe o projeto Primaveras Periféricas – Florescer nas Margens. O objetivo é dar visibilidade e valorizar expressões, protagonistas, coletivos e iniciativas socioambientais fora dos grandes centros e pouco difundidas entre o grande público. Na programação, rodas de conversas sobre empreendedorismo, oficinas de plantio e ginástica com bambu. Além disso, serão realizados espetáculos de teatro, como Besouro Mutante, da Cia. Namaka, e apresentações musicais do grupo Aláfia e do rapper Rashid, entre outros. Gilberto Gil é quem encerra a programação com o show 40 Anos de Refavela.
Foto: Divulgação
O Sesc Carmo recebe, no dia 19, o Quarteto Colonial, pelo projeto Sons das Igrejas do Centro. Formado por Doriana Mendes (soprano), Noeli Mello (mezzo-soprano), Geilson Santos (tenor) e Luiz Kleber Queiroz (barítono), o grupo interpreta um repertório de motetos (gênero musical polifônico do século 13) compostos pelo Padre José Mauricio (1767-1830). O concerto apresenta ao público a relação entre o padre e sua vinda ao Brasil com a família real portuguesa, bem como sua atuação no meio musical carioca como mestre da Real Capela. A apresentação é gratuita e começa às 13h, na Igreja Nossa Senhora da Boa Morte.
Foto: Divulgação
Soma de sarau com jogo e campeonato de poesia, o slam teve início nos anos 1980, nos Estados Unidos, com três regras básicas: os poemas devem ser autorais, apresentados com no máximo três minutos de duração e sem acompanhamento musical. Em agosto, o Sesc Pinheiros foi palco do Slam de Corpo, aproximando poetas surdos e poetas ouvintes pela língua de sinais. Neste mês, é a vez da unidade Parque Dom Pedro II convidar o público para o Slam Resistência – Batalha de Poesias no Projeto Literaturas!, no dia 10. Já o Sesc Itaquera amplia a programação com o Slam Marginálias – Com Jô Freitas, de 1º a 29 de setembro.
Veja as datas e horários desta programação
Foto: Marcella Garbo
Em cartaz até 19 de setembro no Sesc Santo Amaro, a peça Teresinha – Vida e Morte de Santa Teresa D’Ávila traz a atriz Lucélia Santos numa sensível interpretação dos escritos de Teresa D’Ávila (1515-1582). Sob direção de Bruno Siniscalchi e dramaturgia de André Sant’Anna, o monólogo discorre sobre a vida e a morte de uma mulher que recusou o mundo para se dedicar à vida religiosa. Sem focar na vocação espiritual de Santa Teresa, a peça joga luz sobre o discurso da personagem: a possibilidade de transcender pela paixão.
Saiba mais sobre o serviço e vendas de ingresso
Foto: Divulgação Selo Sesc
Lançado pelo Selo Sesc, o álbum AM60 AM40 apresenta um afinado duo entre veteranos da música instrumental: o violoncelista Antonio Meneses e o compositor e pianista André Mehmari. Juntos, eles celebram a vida e grandes influências com composições que passeiam por partituras de Sebastian Bach, tangos de Astor Piazzolla e canções de Antonio Carlos Jobim. O nome desse trabalho faz referência à idade dos músicos – Meneses aos 60 anos, enquanto Mehmari completa 40. Uma ode ao tempo, ao amadurecimento musical e aos mestres que inspiram o trabalho desses dois músicos.
Foto: Juliana Hilal
De 23 a 30 de setembro, a Semana Move levará às unidades do Sesc uma programação com diversas práticas esportivas e outras atividades que buscam promover a saúde e o bem-estar. Compartilhe as experiências com a hashtag #SemanaMove2017.
Confira a programação da Semana Move
__________________________________________________
Maria Eugênia de Menezes, em crítica no jornal O Estado de S. Paulo, sobre o espetáculo As Criadas, que esteve em cartaz no Sesc Santana até 13 de agosto.
Mônica Rodrigues da Costa, em crítica no jornal Folha de S.Paulo sobre o espetáculo Refugo Urbano, da Trupe Dunavô, que esteve em cartaz no Sesc Belenzinho até 6 de agosto.