Postado em 08/08/2017
A palavra utopia vem do grego “ou+topos” que significa “lugar que não existe”. É uma ideia de civilização ideal, fantástica e imaginária. Um sistema ou plano que parece irrealizável. Uma fantasia, um devaneio, uma ilusão, um sonho.
Entrar na utopia de um artista é fugir da política e até mesmo da realidade. Vicente de Mello é um fotógrafo que construiu seu próprio universo por meio da luz e de uma câmera rolleiflex dos anos 50. O imaginário construído por ele explora, de maneira poética, a arquitetura de traços simples e geométricos da capital federal, Brasília. A exposição convida o público a dar, a si mesmo, permissão para um novo olhar que se tem da visão habitual das paisagens urbanas em nosso cotidiano. “Utopia Lírica”.
Em outra linha utópica, o espaço sideral é remetido às pedras, uma coleção que o fotógrafo mantém há mais de 25 anos de várias regiões do mundo. “In Orbit” são composições que se assemelham a grupos de asteroides. Pedras têm volume, espaço e presença, e Vicente as desenha com a luz e as transforma em fontes de inspirações.
Um lapidário em forma de artista, que refina pedras preciosas, e compartilha sua grandeza com todos aqueles que dão a si mesmos, permissão para sentir os pequenos momentos daquilo que vemos e daquilo que nos vê.
Em vídeo, Vicente de Mello explica o processo de construção de suas obras e sua exposição para o Sesc Santo André.
A exposição “Brasília Utopia Lírica” e também a instalação inédita “In Orbit”, composta pela série “Lápidus”, segue em cartaz até o dia 29/10 no Sesc Santo André.
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Sesc ao pé do ouvido
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Bom para acompanhar você quando estiver correndo, com saudade do Angeli e do Laerte dos anos 80 e outras cositas más. Chega mais!