Postado em 16/06/2017
Não importa idade, etnia, tipo físico, identidade e orientação sexual, mas sim respeito, convivência e diversidade. Esse é o espírito do Campeonato Interdrag de Gaymada, que aconteceu nos dias 16 e 17 de junho no Sesc Pompeia. Conversamos com o coletivo mineiro Toda Deseo, idealizador do projeto, para saber um pouco mais sobre o evento. Confira abaixo.
19º Campeonato Interdrag de Queimada. Foto: Divulgação
Gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais estão nas padarias, lojas, praças e ruas, podem ser seus filhos, amigos e vizinhos. “Muita gente pensa que nós LGBT’s estamos localizados somente nas boates, festas ou clubes, no período da noite”, dizem os integrantes do Toda Deseo. O coletivo busca ocupar todos os espaços, e principalmente torná-los seguros e receptivos para todas e todos. “Estar no espaço público tornou-se um movimento de se fazer ver a partir daquilo que a gente constrói e não do que já está pronto”, completa.
Toda Deseo no Festival de Teatro de Curitiba. Foto: Leonardo Lima
O coletivo surgiu em 2013, e já esteve em inúmeros lugares de resistência e movimentação política, marginalizados ou elitizados. Em Belo Horizonte já estiveram no Viaduto Santa Tereza, Parque Municipal e dentro do Palácio das Artes. No Rio de Janeiro, na Cinelândia, e em Salvador, no Complexo Cultural dos Barris. Em Curitiba, no Passeio Público e na praça Osório, em São Paulo, na rua Guaicurus e no Sesc Pompeia!
"No Soy Maricón: o Espetáculo Festa". Foto: Dea Vieira
O primeiro espetáculo da Toda Deseo se chamava No Soy Maricón: o Espetáculo Festa, com questões relacionadas ao universo travesti e trans, a partir de pesquisas sobre a arte do transformismo. Referências pop, como filmes do diretor Pedro Almodovar e da Disney, divas nacionais e internacionais, e artistas LGBTs também inspiraram a dramaturgia e criaram uma estética camp/queer.
A partir do tradicional jogo de queimada, o coletivo propõe um espaço de convivência entre diferentes corpos. Na Gaymada, a quadra pode ser também pista de dança e palco de debates: entre as partidas, quatro líderes de torcida, uma DJ e uma juíza conversam com o público através de performances e manifestos coletivos. O lema é esse: quem não joga, se joga!
Nos dois dias do evento o público participou ativamente, ora jogando e assistindo às performances, ora comentando nas nossas redes sociais:
Confira como foram os dois dias de lacração da Gaymada no Sesc Pompeia: