Postado em 30/05/2017
Festival reúne produções artísticas de países de língua portuguesa e propõe reflexão sobre identidade e pertencimento
Um Picasso / Foto Divulgação
O Sesc Ipiranga recebe, de 2 a 11 de junho, artistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal para a mostra Yesu Luso – Teatro em Língua Portuguesa, com curadoria de Arieta Corrêa e Pedro Santos. A mostra traz a São Paulo produções que refletem as complexas questões políticas e sociais da humanidade. Na programação, peças, bate-papos, oficinas e encontros que promovem um intercâmbio entre países que compartilham o idioma, como indica o nome do festival: yesu significa “nosso” em um dialeto moçambicano, e luso, relativo a Portugal.
Em cena, questões como desigualdade, abuso sexual e machismo como temas para reflexão comum. De Portugal, apresentam-se os grupos Teatrão, com As Três Irmãs (Making Of) e a Companhia de Teatro de Braga, com Um Picasso, além do autor e encenador Elmano Sancho, com I Can’t Breathe. De Cabo Verde, o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português (Teorema do Silêncio); de Angola, o Colectivo Miragens de Teatro (Rostos de Loanda, Luanda); e de Moçambique, o grupo Katchoro Kupalucha (Qual é a Sentença? A Mulher que Matou a Diferença).
“A mostra tem por objetivos entender a linguagem como um conjunto de experiências que reunimos a partir da forma como vemos e vivemos o mundo e, nesse sentido, pensar que grupos de pessoas, mesmo tão geograficamente distantes, significam o mundo ao seu redor de forma similar”, comenta o técnico de programação João Evandro Biazotto, do Sesc Ipiranga. “Quando promovemos o encontro entre os criadores da cena teatral de países da África, Europa e América, criamos um espaço de discussão e compartilhamento sobre a forma como a lusofonia reaproxima culturalmente esses povos”, complementa.
Ainda na programação, o encontro Lusofonia e Teatro, dia 11 de junho, às 15h, terá como convidado o diretor do Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas, Rui Vieira Nery, que é também professor da Universidade de Évora e da Universidade Nova de Lisboa. Autor de diversos estudos sobre história da música portuguesa, além de crítico cultural e musicólogo, Nery falará sobre o panorama cultural de países lusófonos.
João Evandro Biazotto, técnico de
programação do Sesc Ipiranga
Programação completa no portal Sesc em São Paulo
Foto: Divulgação
O projeto Desdobrando Imagens – Cinema e Realidade Virtual propõe, no Sesc Belenzinho, até 13 de junho, uma imersão em novas práticas cinematográficas, como as ligadas ao uso da realidade virtual. Na programação – derivada da sétima conferência Besides the Screen – palestras, bate-papo, mostra de vídeos, cursos e oficinas. O projeto conta com a participação de palestrantes internacionais, como o norte-americano Michael Naimark, produtor, inventor e pesquisador, contratado em 2015 como o primeiro “artista residente” da Google, no seu recém-criado departamento de realidade virtual. Naimark fará a palestra Realidade Virtual Como Trajetória: observações e Provocações, no dia 4 de junho, às 14h30.
Mais informações no portal Sesc em São Paulo
Divulgação
Todas as unidades do Sesc em São Paulo realizam, entre 15 e 22 de junho, a Campanha de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, em sintonia com a Organização das Nações Unidas e o Inpea (International Network for the Prevention of Elder Abuse), que marcam 15 de junho como o Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa. O objetivo é ampliar a reflexão sobre o tema e mostrar a importância de falar sobre violências menos visíveis – a exemplo da negligência, do abandono e do abuso financeiro.
Confira a programação da campanha de conscientização da violência contra a pessoa idosa
Foto: Lígia Jardim
Estreia no dia 2 de junho, às 21h, no Sesc Santo Amaro, o espetáculo A Vida, do diretor Nelson Baskerville. Escrita por Baskerville e pelos atores da companhia AntiKatártiKa Teatral, a peça se vale de relatos biográficos para abordar tragédias do cotidiano. Ao todo, foram concebidas 35 cenas que se conjugam de diversas formas como resultado de um sorteio realizado a cada sessão. Com mais de mil combinações possíveis, o público pode assistir a um espetáculo único a cada apresentação da temporada.
Mais informações no portal Sesc em São Paulo
Foto: Alexandre Nunis
De 5 de junho a 10 de julho, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc promove uma discussão sobre novas tecnologias e formas de interação social a partir de uma das mais populares séries da atualidade, exibida no Netflix. Em Sociedade Black Mirror – parte 2: O Futuro Já Começou, pesquisadores das áreas de Comunicação, Psicologia, Sociologia, Literatura e Ciências da Computação vão debater diferentes temas retratados na série, que se caracteriza por uma abordagem distópica. Recomenda-se aos interessados que assistam previamente aos episódios da série.
Confira a programação do Centro de Pesquisa e Formação
Foto: Istituto Paulo Freire
Como parte da programação da série Sapiências – cursos, vivências e encontros sobre as artes e as diferentes áreas do saber –, o Sesc Consolação leva à mesa de debate, no dia 5 de junho, às 19h30, o legado do educador pernambucano Paulo Freire. Em Atualidade da Práxis Freireana, os especialistas Ladislau Dowbor, Lúcia Helena Alvarez Leite e Moacir Gadotti, mediados por Jason Mafra, discutem as ideias de Freire. No encontro, serão tratadas as ideias centrais do educador, para uma reflexão sobre os desafios educacionais do século 21.
Confira a programação no portal Sesc em São Paulo
Foto: Barbara Lopes
Em Antígona, Andrea Beltrão leva ao palco do Sesc Consolação, até dia 18 de junho, tradução de Millôr Fernandes para o clássico de Sófocles e faz uma reflexão sobre o poder. A direção é de Amir Haddad.
Veja a programação no portal Sesc em São Paulo
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Marco Nanini, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O ator está em cartaz com a peça Ubu Rei no Sesc Pinheiros, até 25 de junho.
Mestrinho, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. O sanfoneiro sergipano se apresentou no dia 6 de maio no Sesc Pompeia.
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