Postado em 17/11/2016
Música de Câmara é um negócio tão bacana, né? Quando toca aquele quarteto do Beethoven e a gente se empolga inteiro... Ui! Dá até um negócio...
Mas, pera?
Você não conhece música de câmara?
A gente acha que você conhece. E que pode até gostar...
Pra te dar um empurrãozinho, listamos 7 motivos para te aproximar dessa música:
1. O Pica Pau gosta... e o Pernalonga também!
Dois dos caras mais elegantes e carismáticos do planeta - os outros dois são Paul McCartney e Gilberto Gil - sempre estrelaram seus episódios ao som de belas orquestrações, daquilo que melhor havia na música: fosse uma big band tocando jazz, uma orquestra tocando uma sinfonia ou mesmo o piano de Lizst e Chopin, do período em que a câmara já não era mais a corte, mas os salões das casas que tinham um piano no qual as crianças entretinham as visitas:
A Rapsódia Húngara nº2, de Franz Lizst, que ouvimos o orelhudo tocar, foi bastante utilizada em animações - neste vídeo um colega da internet compila algumas passagens em homenagem à obra: você já escutou essa peça mais de uma vez na sua vida, com certeza.
2. Inovação é na música de câmara
Todo mundo gosta do novo, não gosta? O último app, o smartphone mais novo, a fofoca mais quentinha. Pois bem!
Na música, compositores são inventores natos. Toda a capacidade da música de descrever mundos, personagens e estados de espírito, aparece primeiro na música de câmara para depois ganhar as orquestras e o mundo! E, se conta história e traduz um sentimento no tempo, vira cinema! Não é por acaso que ouvir música de câmara te coloca a imaginar um filme acontecendo na sua frente: o pessoal da indústria dos sonhos se ligou disso muito bem, há muito tempo! Espia:
3. Intensidade também!
Antes da música erudita ser tocada por grandes formações que já assustam só da gente ver a quantidade de músicos e instrumentos no palco, as peças eram escritas e executadas nos salões da corte, para o divertimento de uma diminuta e distinta parcela da população.
AINDA BEM que os tempos são outros e que você pode acompanhar essa música feita por poucos e excelentes intérpretes bem de pertinho - numa unidade do Sesc.
Segura a intensidade desse Beethoven!
4. Tudo vira música de câmara
Boa parte daquilo que conhecemos como o ato de mostrar a música: o intérprete tocar uma composição que lhe foi apresentada para entreter ouvintes reunidos em torno da sua execução - tipo o Metallica fazendo uma turnê na Rússia - é uma consequência amplificada do gesto primeiro da música de câmara. Portanto, não é difícil ouvirmos músicas arranjadas para instrumentos camerísticos soarem bem ao ouvido!
É música! E dá pra bater cabeça do mesmo jeito!
Pega fogo, música de câmara!
5. Ficamos mais perto dos músicos
A gente adora ficar mais perto da música!
É instintivo: o corpo humano vibra na frequência dos instrumentos e quando nos damos conta, queremos ficar colados na fonte sonora - mesmo que seja a caixa do DJ lhe fazendo tremer os órgãos do corpo todo! Na música de câmara, como os arranjos são feitos para espaços menores, tudo é pertinho e aconchegante.
6. Tem para todos os gostos e contempla a diversidade!
Não existe uma música de câmara. No Festival Sesc de Música de Câmara, por exemplo, há grupos de música antiga, como o Pera Ensemble e a sua mistura de música turca, café, história e música ocidental, bem como o L'Arpeggiata, cujos músicos são considerados os melhores intérpretes de música historicamente orientada do planeta.
Tem também música pianística com um duo de pianos, música para quinteto de sopros e até a mais gregária de todas, a música coral! Portanto, além de você se surpreender com coisas que nunca viu/ouviu, é bem possível que arranje um cantinho na música pra chamar de seu ;)
7. E por último, mas não menos importante: elefantes gostam!
Se os mamíferos mais gente fina do reino animal gostam desse tipo de música, por que você não gostaria, não é verdade?
E aí? Vai dar uma chance pra música de câmara?
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A segunda edição do Festival Sesc de Música de Câmara acontece entre 22 de novembro e 4 de dezembro de 2016, em 11 Unidades do Sesc na capital, interior e litoral, além de espaços como a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, no centro de São Paulo e o Museu Afro Brasil, no Parque do Ibirapuera. São 12 conjuntos convidados, 47 concertos e uma intervenção, mais de 120 intérpretes, em repertórios que vão do antigo ao contemporâneo, em abordagens inovadoras. Para conferir a programação completa, clique aqui.