Postado em 05/10/2016
O processo criativo com as meninas do grupo OPOVOEMPÉ é inverso. Esqueça a linguagem que sai do palco e cai nos olhos e ouvidos da plateia. Com elas, todo o material que alimenta e impulsiona a criação dos espetáculos vem da rua, da conversa e da escuta e termina (ou não) na sala de teatro.
“A ideia de interação veio no começo, quando a partir de uma intervenção percebeu-se a importância de recolher histórias do público que se transformariam ao longo do processo. Foi aí que percebemos a necessidade de usar o conteúdo poético da cidade e incluir o público na cena”, conta Cristiane Zuan Esteves, responsável pela direção artística e dramaturgia do grupo.
A comemoração dos 10 anos do grupo está rolando agora no Sesc Belenzinho com a mostra E agora? O que é participar? com o repertório do grupo. Na programação, além de alguns espetáculos, está também a exposição interativa Um espaço vivo, composta pelos materiais que elas coletaram em suas intervenções e espetáculos. Por todos os lados do espaço expositivo, quem visitar vai se deparar com perguntas interessantes e ainda poderão participar com possíveis respostas. Ainda integrando a programação, a diretora do grupo ministra a oficina Estratégias para um espectador autor na qual serão abordadas questões, práticas e estratégias desenvolvidas pelo OPOVOEMPÉ ao longo de 11 anos de pesquisa em torno de diferentes possibilidades de relação com o público.
Confira a entrevista que fizemos com Cristiane Zuan responsável pela direção artística e dramaturgia do OPOVOEMPÉ.