Postado em 01/08/2016
O Jardim da Luz, inaugurado em 1825, é o mais antigo jardim público da cidade de São Paulo. Foi um dos primeiros espaços de lazer da população paulistana. Hoje, após diversas reformas realizadas desde sua criação, o local é mais conhecido como Parque da Luz e tem cerca de 113 mil metros quadrados com uma estrutura de alamedas, pequenos lagos, playground, chafariz, pista de corrida e aquário subterrâneo.
O local
A região escolhida para a instalação do jardim foi a área das várzeas dos rios Tamanduateí e Tietê, que na época eram um local a salvo das inundações e próximo do Convento da Luz (Nossa Senhora da Luz da Divina Providência, atual Museu de Arte Sacra), que daria nome ao bairro.
Com grande variedade de espécies, no local convivem árvores centenárias, como as jaqueiras, figueiras, alecrins e palmeiras. Entre os exemplares nativos, estão ipê-amarelo, braúna, pinheiro-do-paraná e outros da Mata Atlântica, como pau-ferro, chichá e pau-brasil. Foram registrados 165 tipos de árvores, incluindo algumas ameaçadas de extinção, como cabreúva, cambuci e palmito-juçara.
Segundo a prefeitura, das 73 espécies animais identificadas no local, 67 são aves. No espelho d’água há registros do cágado-de-pescoço-de-cobra, peixes como carpa, tilápia e acará e aves como socó-dorminhoco, irerê, martim-pescador-grande e frango-d’água-azul.
Gruta e aquário
Um dos destaques arquitetônicos do espaço, a gruta construída na década de 1880 é uma instalação típica do estilo de jardim Paysager, que reproduz elementos naturais de forma estilizada. Nela, além de uma cascata, há também um pequeno mirante de onde é possível observar o entorno.
O aquário subterrâneo do parque foi descoberto durante as obras de restauração do espaço, em 2000. As características arquitetônicas apontam que ele data de 1900 e seria o mais antigo aquário de São Paulo, mas não há registro de sua construção ou fechamento.