Postado em 07/06/2016
Três anos, três meses e três dias. O tempo da viagem de Danilo Perrotti foi determinado unicamente pelo ritmo de suas pedaladas. Um percurso que extrapolou os cinquenta mil quilômetros percorridos: além de levá-lo a cinquenta e nove países, proporcionou uma jornada de reflexão sobre a existência, medos, perigos, dificuldades e principalmente sobre o que nos conecta como humanos, diante de tantas diferenças.
Parte destas reflexões estão registradas no documentário Homem Livre, que será exibido no Sesc Taubaté, no dia 15/6. “O filme começou a ser gravado ao final da viagem, quando estava no Peru que era o último país da minha rota, a partir dali uma equipe de cinema acompanhou a viagem pelo Brasil - Na região do Amazonas, Nordeste e a Estada Real. Quando terminei a viagem, voltamos com equipe para gravar cenas de cobertura para o filme, na Índia, Õma e no Nepal”, conta Danilo, que participará de um bate-papo com o público após a exibição.
Da experiência nasceu também um livro de mesmo nome, em que as histórias são entrelaçadas na narrativa do viajante. Para entrar no embalo desta viagem, fique com alguns trechos selecionados pelo autor:
"Fiquei pensando que um viajante de bicicleta era uma linha que costurava o planeta, levando o mundo para as pessoas e recebendo de presente esse mesmo mundo de volta. Se aquela pequena gota em movimento no oceano da vida pudesse deixar algo de bom para alguém, já seria um sentido e tanto para se estar vivo" (Pág. 328)
"Eu sentia que, de tudo, tinham ficado três coisas: a maioria das pessoas é boa, a vida é um sopro de vento em que você não sabe de onde vem, nem para onde vai, e no universo existe uma conexão perfeita e harmônica, onde o grande maestro é a sua mente" (Pág. 328)