Postado em 06/07/2016
Mais de 1,5 milhões de quilos de alimentos arrecadados e distribuídos: esse é o resultado do primeiro ano de funcionamento do CECAM – Centro de Captação e Armazenagem Mesa Brasil. Inaugurado em junho de 2015, o espaço permitiu ao programa receber grandes doações, triá-las e redistribui-las entre as 13 unidades do Sesc que operam o programa.
No galpão de 1600 m², localizado na zona oeste de São Paulo, caminhões e carretas chegam e saem diariamente; caixas são descarregadas, checadas e empilhadas para, em seguida, serem distribuídas. Estão cheias de arroz, leite, biscoitos, hortifrútis, e, com a instalação de câmaras frias, no início do ano, também iogurtes, queijos e outros produtos refrigerados.
Desde a inauguração, o espaço passa por reestruturações constantes. "Estudamos o fluxo das doações, os equipamentos usados e os tipos de alimentos que recebemos. O grande volume de frutas e legumes, por exemplo, exigiu um espaço para a seleção e movimentação. Além disso, melhoramos o processo de recebimento e conferência das doações, para dar mais agilidade e poder distribuir primeiro as cargas com menor prazo de validade", explica Sérgio Pinto Cruz, supervisor operacional.
Durante o período, os 340 veículos contratados para trazer e levar alimentos percorreram 45 mil quilômetros – o equivalente a 1 volta ao mundo! Isso possibilitou que alimentos que antes seriam desperdiçados chegassem a mais de 800 instituições sociais beneficiadas pelo programa.
E o ganho não foi só em quantidade de doações. O programa cresceu em qualidade ao melhorar a logística, passando a redirecionar doações que antes ficavam restritas a uma única área. Foram toneladas de abacates de Bauru, laranjas de Piracicaba ou melões de São Paulo que, reunidas no CECAM, puderam ser distribuídas entre diferentes regiões do estado e da cidade de São Paulo, promovendo o acesso e diversificando a alimentação de milhares de pessoas.
"Antes, quando dependíamos de uma empresa terceirizada, os processos eram mais demorados, os prazos eram maiores e dificultavam o recebimento de grandes volumes. Agora que temos essa estrutura, podemos trazer mais doadores", afirma a supervisora administrativa Melina dos Santos Silva.
(Foto: Sérgio Pinto Cruz)
Assim, com a criação desse espaço formou-se também uma equipe dedicada à captação de doações. Desde então, já são 13 novos doadores conquistados, como indústrias e distribuidores agropecuários. "Aprimorando o relacionamento com os doadores, tivemos um notável incremento nas doações, expandindo o horizonte de atuação do Programa", reforça Vinícius Pedroso da Silva, que integra o núcleo.
A sincronia entre todos, desde motoristas das unidades até os almoxarifes do galpão, é importante para que as doações cheguem a tempo a quem precisa. "O trabalho de equipe é essencial, pois o volume de doações é muito grande. Enquanto um recebe a carga, outro começa a conferir e identificar, outro já está preparando a armazenagem e assim vamos dividindo as tarefas para que tudo saia bem", explica o almoxarife Henrique Francine.
Aliás, como ponto de apoio para todas as unidades que operam o Mesa, o CECAM também contribui para a integração entre as equipes que chegam e saem todos os dias. "Aqui conseguimos compartilhar experiências de diferentes regiões. Para nós, da zona leste de São Paulo, é curioso ouvir sobre as coletas do pessoal do interior, que vai buscar os alimentos diretamente nas fazendas, e também das equipes de Santos, que recebem peixes frescos", conta o ajudante Wilson, do Mesa Brasil Sesc Itaquera. Para ele, o que há em comum é a colaboração e o bom humor: "A gente procura sempre brincar, dar risadas. Tem dias que tem muita doação, então essa também é uma forma de fazer o serviço fluir melhor".
(Fotos: Mateus José Maria)