Postado em 07/07/2016
Júlio Santos é também Mestre Júlio, senhor que desde os doze anos de idade faz fotopintura. Ele queria ser monge, mas acabou mesmo virando um monge da fotopintura.
Ao longo desses anos, Mestre Júlio se reinventou e hoje segue fazendo belos retratos, mas agora usando as ferramentas digitais.
Algumas de suas obras estão aqui em São Paulo, na exposição Retrato Popular, no Sesc Belenzinho. E já que o mestre não veio até nós, nós fomos até ele, lá em Fortaleza. Passamos longas lindas horas no Áureo Stúdio, onde tudo começou décadas atrás.
Dê o play e se emocione conosco:
Mestre Júlio
Nasceu em 1944 em Fortaleza, onde vive e trabalha. Foi na Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), que reunia artistas como Aldemir Martins, Mario Barata e Estrigas, além de seu próprio pai, Didi, que Julio Santos começou a trabalhar, aos 12 anos. No início da década de 70, contribuiu para a reativação do Foto Paris, importante ateliê de fotopintura e estúdio fotográfico em Fortaleza. Em seguida, juntou-se a seu irmão Joaquim e a Antenor Medeiros (parceiro de seu pai Didi na fundação do Áureo Studio) para recuperar a sua oficina, formando a própria equipe de profissionais com garotos de rua.
Poucos são os estúdios que ainda trabalham com retoque e restauro, como o Áureo Studio de Mestre Julio. Para superar as limitações técnicas, ele se atualizou aprendendo a trabalhar com programas digitais de reprodução e tratamento da imagem, ao lado de sua filha Rebeca.
Julio Santos já expôs seu trabalho no exterior, como nas mostras coletivas Europália (Bruxelas, 2011); em Santo Domingo, na República Dominicana (2012), e em Montevidéu (2012), no Centro de Fotografia. Além de ter participado de outras mostras individuais, como na Choque Cultural, por ocasião do lançamento de seu livro, resultado do edital da FUNARTE, em 2010; e na Pinacoteca do Estado em 2012, com a mostra Interior Profundo.